O Benfica insurgiu-se hoje contra a “quebra de confidencialidade” que levou à “divulgação antecipada” de supostas violações das regras antidoping do atleta Marcos Chuva, que, juntamente com a sportinguista Vera Barbosa, pode incorrer em suspensão até dois anos.
“A divulgação antecipada de alegadas irregularidades em processos administrativos no sistema antidopagem, sem antes existir qualquer notificação final oficial a atletas, clubes e Federação Portuguesa de Atletismo, denota claramente um ato que visa servir alguém, ou algum interesse. Quem?”, questiona o Benfica, em comunicado publicado no seu sítio oficial.
Em causa, está a alegada acumulação de três falhas no sistema de localização de controlos antidoping da ADoP do melhor atleta atual do salto em comprimento e da recordista nacional dos 400 barreiras.
Os encarnados entendem que “o governo deve intervir”, numa situação de “elevada gravidade” que é “a quebra de confidencialidade verificada num processo que tem de ser sempre gerido com rigor e sensibilidade, na medida em que qualquer informação mal enquadrada tem potencial de ferir a imagem de atletas, clubes, federações e até do Estado português”.
“À hora a que emite o presente comunicado, o Benfica aguarda ainda a reação da Federação, do Comité Olímpico de Portugal e até do Governo, perante uma ação consciente junto da imprensa que coloca em causa a própria modalidade. Será de bom-tom que o gabinete da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto assuma publicamente posição sobre a matéria”, defende o Benfica.
O clube preconiza a “maior confidencialidade e sigilo” por parte de todos os agentes desportivos até à conclusão dos processos desta natureza, revelando “confiança intransigente” em Marcos Chuva, que, recorda, “nunca teve um controlo positivo de dopagem nem no sistema de localização”, pelo que, reitera, “está limpo”.
Os lisboetas recordam o estatuto de atleta olímpico de Marcos Chuva e insistem em considerar estas notícias “muito graves e reveladoras de interesses obscuros”.
“Em defesa da modalidade e do desporto nacional, o clube solicita à Federação Portuguesa de Atletismo, ao Comité Olímpico de Portugal e ao Estado Português uma urgente intervenção e profunda investigação quanto ao tratamento dado ao assunto e às fontes que motivaram as notícias”, conclui o clube.
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