
Salomé Afonso disse hoje valer mais do que o oitavo lugar na final dos 1.500 metros nos Campeonatos do Mundo de atletismo em pista curta, em Nanjing, na China, depois da inédita 'dobradinha' de medalhas nos Europeus Apeldoorn20225.
“Sinto-me um bocado frustrada, porque acho que esse não é o meu valor, estar a lutar para não ficar em último lugar”, reagiu à agência Lusa a atleta portuguesa, após ter terminado a prova em 04.07,67 minutos, nove centésimos de segundo mais rápida do que a espanhola Esther Guerrero.
Duas semanas depois de se ter tornado primeira portuguesa a arrebatar duas medalhas na mesma edição de Europeus ‘indoor’, com a prata nos 1.500 metros e o bronze nos 3.000 na competição disputada nos Países Baixos, Salomé Afonso voltou a terminar em oitavo nos Mundiais, tal como em Glasgow2024.
“Não acho que seja, nem de perto, nem de longe, o meu valor”, realçou.
A atleta natural de Lisboa, de 27 anos, completou a distância em 04.07,67 minutos, a praticamente 15 segundos da etíope Gudaf Tsegay, que confirmou o seu favoritismo ao vencer com o recorde dos campeonatos (03.54,86).
Salomé Afonso disse que o seu principal erro foi não ter acompanhado o segundo grupo de atletas, após as atletas da frente se terem destacado rapidamente.
“Deveria ter-me colado ao segundo grupo, pelo menos, não tenho dúvidas que, fisicamente, poderia ter acompanhado, mas acabei por ficar sozinha cá atrás”, descreveu a atleta do Benfica, que tem como recorde pessoal 04.05,04.
Na disputa pela medalha de prata, a também etíope Diribe Welteji, com o tempo de 03.59,30, levou a melhor sobre a britânica Georgia Hunter Bell, que terminou as sete voltas e meia à pista em 03.59,84.
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