A Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal (AAOP) assinou hoje, no Porto, uma parceria com uma clínica visando permitir aos seus associados o “acesso a cuidados médicos” para tratar sequelas.
“O que pretendemos é contribuir para a saúde física dos atletas e a consequente adoção de comportamentos saudáveis no seu estilo de vida que não comprometam a sua saúde física e mental”, destaca o presidente da AAOP.
Luís Alves Monteiro, que praticou pentatlo moderno e participou nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, nos Estados Unidos, negou estar a preparar o terreno para uma candidatura à presidência do Comité Olímpico de Portugal nas eleições agendadas para 2024.
“Há a perceção das pessoas de que tenho capacidade para exercer o cargo. Acho que tenho essa capacidade, pois a minha vida foi a gerir multinacionais. Portanto, isso, para mim, não me provoca medo e é uma coisa que posso exercer facilmente”, declarou à agência Lusa.
O dirigente disse ainda que “há muitas pessoas” a falarem-lhe numa eventual candidatura ao COP, mas o que move agora, prosseguiu é o trabalho como presidente da AAOP, cargo para que foi eleito “há dois anos e três meses” e exige “oito anos” para executar a sua missão.
Luís Alves Monteiro diz que encontrou uma “associação parada, que tinha 150 sócios e hoje “tem mais de 400”, e que ambiciona integrar o Conselho Nacional do Desporto.
“Temos capacidade e valor acrescentado. Não há nenhum sindicalismo organizado, o que queremos dizer é que os atletas têm uma voz ativa”, salienta, considerando que as decisões relacionadas com os atletas são sempre políticas e corporativas.
Com a parceria que hoje foi firmada com a Clínica Médica Exercício do Porto, liderada por Jaime Milheiro, a AAOP demonstra preocupação com o “pós-carreira” dos atletas de alta competição que têm um “desgaste físico enorme”.
O acordo assinado hoje, numa cerimónia em que estiveram presentes ex-atletas como Fernanda Ribeiro e Aurora Cunha, permite aos filiados na AAOP aceder à clínica referida mediante “um desconto de 15%”.
A CMEP permitirá o “tratamento das sequelas promovidas pelo elevado stress físico mental” a que os atletas foram expostos, oferecendo-lhes também “novas oportunidades” de ali conseguirem emprego, “sempre que haja possibilidade”.
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