A atleta Ana Mafalda Ferreira vai tentar obter a terceira vitória na São Silvestre da Amadora, uma prova que já conta com 1.700 inscritos, apesar de existirem alguns receios relacionados com a evolução da pandemia de covid-19.
Na apresentação da 46.ª edição da prova, que decorreu hoje na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, a vencedora feminina nas duas últimas edições, em 2018 e 2019, pois em 2020 a prova não se realizou devido à pandemia, garantiu que o objetivo é conseguir novo triunfo.
“Não existe nenhum bocado de prova sem público, é difícil igualar uma prova como a Amadora. A responsabilidade é outra, trago duas vitorias e vou lutar pela terceira. É um percurso duro e com adversárias de qualidade, mas farei o meu melhor”, afirmou Ana Mafalda Ferreira.
A atleta do Sporting elogiou também a cada vez maior presença feminina nas provas de estrada, referindo que espera um dia ver o número de inscrições com pelo menos 50% de mulheres.
A recordista de vitórias na prova feminina é Fernanda Ribeiro, com sete triunfos, enquanto nos masculinos é Rui Pinto, com cinco, com o agora atleta do Sporting a marcar mais uma vez presença na mais antiga São Silvestre de Portugal continental em busca de um sexto triunfo.
A presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, mostrou-se satisfeita com o regresso da prova, depois do interregno em 2020, apesar de lembrar que é necessário continuar a acompanhar a evolução da pandemia e as determinações das autoridades de saúde.
“É um dia de alegria de novo, mas também tem a sombra do que nos espera nos próximos dias. Estamos preparados para ter uma grande São Silvestre e só não acontecerá se a pandemia nos impedir de todo”, afirmou, lembrando que o Conselho de Ministros está reunido para decidir novas medidas.
Apesar de alguma incerteza, Carla Tavares explicou que o ‘feedback’ das autoridades de saúde é positivo, mas frisou que a pandemia não é uma questão “estática”: “Temos de avaliar e dar cumprimento às determinações, até porque existe muito público a assistir”.
O presidente do Desportivo Operário Rangel, Nuno Vedor, explicou que querem muito o regresso da prova, mas que é necessário acompanhar a evolução da situação, acreditando que é possível chegar a um recorde de inscrições.
“Queremos muito o regresso da prova e estamos a avaliar como será a evolução. Dos 1.700 inscritos, 28% são mulheres, o que é uma agradável surpresa e estamos a evoluir para uma igualdade na prova”, salientou.
Já Hugo Sousa, da HMS Sports, explicou que foram tomadas várias medidas para garantir a proteção dos participantes, como partidas separadas, máscaras e entrega de dorsais em local que evite uma grande concentração de pessoas.
“Vamos ter seis partidas diferentes, de acordo com nível competitivo, separadas por dois minutos. Atletas com máscara até ao tiro de partida e assim que terminarem recebem uma máscara nova. Tivemos de nos adaptar e criar medidas novas para garantir a proteção de todos os atletas e que não sejam foco de contaminação para as famílias”, concluiu.
A prova está agendada para o final da tarde do dia 31 de dezembro, com o tiro de partida da elite feminina previsto para as 17:45 e a geral para as 18:00.
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