O selecionador português de andebol em cadeira de rodas estabeleceu hoje uma medalha como “objetivo mínimo” para a estreia lusa no Campeonato do Mundo ACR4, uma prova que vai realizar-se no Egito, entre 16 e 21 de setembro.
“Sei que podemos fazer coisas giras e ombrear com qualquer equipa que estará no Mundial. Podemos colocar como objetivo mínimo trazer uma medalha”, antecipou Danilo Ferreira, na conferência que decorreu no Centro de Estágios de Rio Maior e em que foram apresentados os 12 pré-convocados para a competição tutelada pela Federação Internacional de Andebol (IHF).
O selecionador português, que enfatizou a “nuance” de ser a estreia lusa em ACR4, recordou todos os feitos alcançados por Portugal em ACR6 – vertente esta homologada pela Federação Europeia de Andebol (EHF) –, destacando os títulos europeus e mundiais conquistados em 2022, em Leiria, para valorizar o caminho que a equipa das ‘quinas’ tem protagonizado no andebol adaptado.
“Somos uma bandeira do nosso país no desporto adaptado”, referiu, antevendo enorme dificuldade na escolha dos 10 eleitos e prometendo uma equipa a lutar por cada lance “do primeiro ao último segundo".
A equipa das ‘quinas’ integra o Grupo B da prova e vai estrear-se no dia 17, diante da congénere da Índia (17:00 em Lisboa).
Seguir-se-á o embate contra o anfitrião Egipto (10:30 em Lisboa), em 18 de setembro, dia em que a formação liderada por Danilo Ferreira irá também defrontar o Chile (15:00).
E, de acordo com o capitão, Portugal entrará “muito motivado”.
“Estamos com muita confiança e muito motivados para trazer mais uma medalha para Portugal, independentemente daqueles que venham a ser os convocados”, afirmou João Jerónimo, um dos mais experientes jogadores da formação portuguesa.
A cerimónia de apresentação contou, entre outras entidades, com a presença do presidente da Federação de Andebol de Portugal, Miguel Laranjeiro, que destacou a “importância de criar igualdade de oportunidades e equidade”, assim como do secretário de Estado do Desporto, que considerou a modalidade como “um exemplo muito interessante”.
“Este é um caminho de inclusão que temos para fazer. Um caminho de inclusão onde podemos e devemos oferecer oportunidades e aumentar a oferta de oportunidades de prática desportiva feminina e às pessoas com deficiência”, sublinhou Pedro Dias, deixando o repto aos jogadores para que sintam “orgulho no País” e “se superem”, algo que, acrescentou também, acredita que vai acontecer.
A seleção portuguesa vai viajar no dia 15 até à cidade do Cairo, onde decorrerá a competição.
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