O diretor das modalidades de pavilhão do Benfica, Rui Lança, revelou que os ‘encarnados’ estão a “construir equipas para lutar por todas as competições”, apesar de reconhecer que, devido à pandemia de covid-19, “não se pode fazer grandes planos”.
Em entrevista à televisão do clube, o dirigente abordou o projeto para o futuro das cinco grandes modalidades, como o andebol, voleibol, futsal, basquetebol e hóquei em patins, e manifestou o desejo de ver as competições regressarem ao pavilhão “entre setembro e outubro”.
"[O futuro] será o mesmo antes da covid, ou seja, formar e construir equipas para lutar por todas as competições nacionais. Mas, a verdade, é que temos uma realidade distinta, além de estarmos a preparar a próxima época, estamos a trabalhar ainda no término da presente temporada ao salvaguardar o regresso dos atletas aos seus países de origem e a perceber qual será o contexto desportivo e social da próxima época”, começou por dizer Rui Lança, à BTV.
A pandemia do novo coronavírus “pode estar a ter um impacto futuro menor relativamente ao que se podia inicialmente supor”, segundo o diretor, mas alerta para “o mar de incertezas, em que não se pode fazer grandes planos nem a curto nem a médio/longo prazo."
As modalidades femininas também mereceram uma análise, porém, de acordo com Rui Lança, o “contexto é bastante diferente do masculino”, visto que “na grande maioria das modalidades femininas ainda não há um grande domínio dos chamados grandes”.
Falar da presença de adeptos nos pavilhões da Luz ainda é prematuro, contudo o responsável acredita que tudo se vai processar em três fases.
“A primeira fase é o regresso da normalidade aos treinos, depois será o regresso dos quadros desportivos. Neste último ponto, o cenário já esteve mais negro, colocou-se em causa se as competições iriam começar em 2020, mas, agora, com mais ou menos semanas de atraso, o regresso pode acontecer em setembro ou outubro”, sustentou.
Rui Lança acredita que as equipas vão poder contar com o apoio dos sócios e adeptos nas bancadas apenas na terceira fase e que “vai depender de um conjunto de requisitos diferentes do futebol”.
“Estamos a falar de pavilhões muito distintos, uns são muito recentes, outros são camarários, alguns são de escolas e há até pavilhões míticos que já foram palcos de grandes conquistas, mas que neste momento podem deixar um pouco a desejar por não terem condições ao nível dos balneários, de acesso para os dirigentes e para os adeptos”, apontou.
Por fim, enalteceu que no imediato “o esforço dos clubes e das federações é que exista competição”, prevendo que no verão “possam existir algumas novidades sobre como os adeptos poderão vir a assistir aos jogos dentro dos pavilhões."
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 350 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.356 pessoas das 31.292 confirmadas como infetadas, e há 18.349 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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