O empreendimento tem capacidade para três mil espectadores, mas apesar disso é pouco aproveitado para modalidades de sala, quer de competição, quer de massificação ou lazer.
A unidade possui três pisos e ocupa uma área de 4 mil e 10 metros quadrados e consta do lote de três edifícios construídos pelo governo nas províncias de Malanje, Namibe e Luanda, avaliados em 118 milhões e 880 mil dólares norte americanos.
Foi inaugurado a 12 de Agosto de 2013, para acolher o torneio internacional Zé Dú, em hóquei em patins.
Localizado no bairro Voanvolala, cerca de 6 quilómetros da cidade de Malanje, o pavilhão comporta um parque de estacionamento para mais de 500 viaturas e possui quiosques, bares, duas cabines de imprensa, salas de conferências entre outros compartimentos, incluindo uma área VIP presidencial.
Por esta altura, para além da danificação parcial da cobertura metálica por conta da chuva e ventanias, a infra-estrutura apresenta fissuras em vários compartimentos e algum desnível no piso, causados pela água da chuva que penetran o palco de jogos através do tecto.
As duas cabines de imprensa estão também danificadas, enquanto os elevadores e o repuxo da alçada frontal deixaram de funcionar, dando uma aparência de abandono do local, embora nos finais de semana os quiosques de fora abrem ao público para lazer.
Fruto do avançado estado de degradação da cobertura, uma equipa técnica da empresa Omatapalo, efectuou, sexta-feira, o levantamento dos danos e estuda mecanismos para evitar danos maiores nesta época chuvosa.
Os trabalhos se consubstanciaram no registo das áreas e equipamentos danificados, os que requerem substituição, entre outros aspectos técnicos que serão reportados ao Ministério da Juventude e Desportos.
A propósito, dirigentes desportivos defendem uma gestão privada e a realização regular de actividades desportivas de massa, a fim de se dar vida ao desporto e ao próprio pavilhão.
O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Fernandes Cristóvão, avança que a Covid-19 está a contribuir no subaproveitamento do pavilhão.
“Houve campeonatos nacionais e provinciais que acolhemos, mas não na velocidade que se pretende. A juventude devia usar mais o pavilhão, mas apresenta desculpas de distância da cidade para o local”, frisou.
Relativamente a manutenção, precisou que a falta de orçamento constitui o principal factor, acrescentando que as infra-estruturas e o piso ainda estão conservados, carecendo apenas de assistência regular para evitar a sua degradação constante.
Para o presidente da Associação Provincial de Patinagem, Walter Pinto, a falta de aproveitamento deve-se a “letargia” e provável incapacidade financeira, bem como a indisponibilidade de transportes públicos para a transportação de atletas, sobretudo iniciados, para fomentar a massificação das modalidades de sala.
Acrescentou que a cedência a uma gestão privada ou inscrição no Orçamento Geral do Estado será a solução para a manutenção e rentabilização do recinto.
Na mesma senda de pensamento alinha o presidente da Associação de Basquetebol, Emerson Caholo, que defende a necessidade de o governo criar políticas para a utilização e rentabilização do edifício, sendo que o desporto constitui elemento de salvaguarda da vida e equilíbrio físico e emocional das pessoas.
“O desporto enquanto elemento de congregação e prática social eleva a manutenção da paz e harmonia, daí que a utilidade dos espaços desportivos devem estar ao serviço das comunidades”, destacou.
A par do torneio de hóquei em Patins, se destacou no acolhimento de vários eventos nacionais e internacionais, entre os quais o jogo da Supertaça Vladimiro Romero sénior masculina de basquetebol, em Janeiro de 2015, entre o Petro de Luanda e o Recreativo do Libolo, e o concurso musical Top dos Mais Queridos.
Em 2019 acolheu o campeonato nacional de basquetebol em sub-16, ambos sexos, e a 1ª edição do Nacional de Esgrima.
Comentários