A portuguesa Ana Caldas, que reside na Califórnia, nos Estados Unidos, venceu recentemente os títulos mundiais de remo ‘indoor', nas distâncias de 500 e 1.000 metros, e estabeleceu um novo recorde mundial.

Aos 43 anos, a portuguesa aproveitou o confinamento devido à pandemia de covid-19 para colocar a si mesma um novo desafio e os resultados foram dois títulos e um recorde no campeonato do mundo de remo ‘indoor’.

"Há duas semanas ganhei a prova de 500 metros de remo 'indoor', em que igualei o recorde mundial. Essa foi uma prova feita em ‘live stream', e agora consegui vencer a de 1.000 metros, mas só consegui alcançar o recorde mundial da minha categoria de idade", conta, humildemente, a portuguesa, que aos 18 anos deixou Guimarães para ir estudar nos Estados Unidos.

A idade ainda não lhe pesa e Ana faz questão de se manter em competição com as atletas mais novas. Em entrevista à Lusa revela que é isso que lhe traz motivação.

"Era um objetivo vencer estas provas. Tenho 43 anos, estou a competir com pessoas bastantes mais novas e sei que quanto maior a distância mais difícil é para mim, porque sou uma atleta explosiva e dou-me bem em distâncias curtas. O meu objetivo é ser a melhor atleta que posso ser, independentemente da idade. Isso faz com que treine mais forte e não arranje desculpas", disse.

Apesar do recorde do mundo, com o tempo de 03.11,1 minutos aos 1.000 metros, Ana confessa que tinha como meta fazer menos e não pensa em desistir de alcançar essa marca.

"Fiquei muito satisfeita pelo recorde, mas não consegui o tempo que tinha planeado, que era abaixo de 03.10,00. Espero em breve conseguir baixar desse tempo", referiu.

A modalidade de ‘crossfit’ é a sua ‘casa' e o remo sempre foi integrado nos treinos que fazia, nunca como uma competição por si só. A pandemia mudou isso.

"Todas as provas de remo que fiz anteriormente eram parte da minha preparação para o ‘crossfit’, mas este ano decidi participar porque foi durante a pandemia. Decidi fazer treino especifico de remo, o que ajudou imenso, e ficou logo claro que era para ganhar e bater o recorde mundial", recorda Ana Caldas.

Com dois Crossfit Games no currículo, um dos quais em que foi porta-bandeira de Portugal, a atleta afirma que não está nos seus planos voltar a essas provas. A vida profissional, como treinadora, tem agora a maior parte da sua atenção, mas o remo pode ser a próxima "paixão".

"Participo em competições de ‘crossfit’ há 10 anos. Estive em todos os regionais, dois Crossfit Games e acho que preciso de tempo para mim, para me dedicar ao trabalho e fazer outras coisas que como atleta não consigo. Mas o remo é uma modalidade em que gostaria de continuar e, quem sabe, remar na água. Com um bom treinador, e se me dedicar, acho que posso chegar a um bom nível", termina a portuguesa a residir em San Diego.

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