A família do praticante de Artes Marciais Mistas (MMA) português João Carvalho, morto numa luta em 2016, interpôs esta semana uma ação judicial no Tribunal Superior irlandês contra várias entidades envolvidas no evento.
Fonte próxima da família confirmou à agência Lusa que o processo de natureza cível pretende responsabilizar eventuais responsáveis pela morte, considerada "um infortúnio" por veredicto declarado no tribunal do Coroner de Dublin em fevereiro.
De acordo com a publicação irlandesa thejournal.ie, foram acusados a Associação Atlética de Boxe Irlandesa, proprietária do Estádio Nacional de boxe, onde decorreu o combate, o promotor César Silva, a empresa Celtic Gladiator Limited, Kate Michilic, proprietária da EventMed, empresa que forneceu cobertura médica para o evento, a Cruz Vermelha Irlandesa e três médicos que estavam de serviço no evento.
João Carvalho morreu em 11 de abril de 2016 num hospital de Dublin, onde deu entrada em estado crítico depois de um combate na capital irlandesa, o primeiro internacional da carreira do atleta, então com 28 anos.
Durante o combate terá sido sofrido 41 golpes na cabeça, confirmando a análise do médico legista, que determinou na autópsia que a causa da morte foi uma hemorragia subdural aguda causada por uma pancada forte, agravada pela ingestão de resíduos gástricos.
Ao longo do inquérito judicial, várias testemunhas deram conta de problemas na assistência médica no local, no transporte para o hospital e depois no seu tratamento que resultaram na morte, dois dias depois do combate.
Numa reação ao veredicto, o Governo irlandês instou as organizações de Artes Marciais Mistas (MMA) a acelerar a introdução de regulamentos e segurança para a organização de combates.
Comentários