O Campeonato Africano de Ju-Jitsu deverá decorrer entre os dias 16 e 21 de Outubro, mas não em Marrocos, como estava previsto acontecer em Abril. O país do Norte de África desistiu da prova devido a questões políticas, com
Angola a surgir como candidato a receber o torneio de luta ainda este ano.
A informação foi avançada ao Sapo pelo secretário-geral da Federação Angolana de Ju-Jitsu, António Pedro Emous. “Fomos a Abu Dhabi discutir sobre os apoios que a Federação Internacional de Ju-Jitsu poderá dar para a realização do [Campeonato] Africano no nosso país”, garantiu o dirigente. “Levámos um caderno de encargos, discutimos e eles ficaram de aprovar o alojamento, alimentação e materiais desportivos”.
No entanto, Emous revelou que o orçamento anual da federação, cerca de nove milhões de Kwanzas (32 mil euros), não chega para cobrir todas as necessidades do evento. “Por isso tivemos de recorrer aos patrocinadores, e um deles é mesmo a Federação Internacional de Ju-Jitsu”.
O secretário-geral fez saber que já foram sondados alguns hotéis de Luanda, onde o valor mínimo para o alojamento e alimentação de 190 pessoas ronda os 72 milhões de Kwanzas, (258 mil euros), o que corresponde a 38 mil Kwanzas
por pessoa em apenas um dia.
Mesmo assim, o líder federativo diz que serão realizadas negociações junto das unidades hoteleiras, a fim de reduzirem os preços, uma vez que as delegações estrangeiras também poderão trazer divisas ao país.
Entretanto, a organização do evento prevê a participação de 16 países, sendo que cada um deverá inscrever dez lutadores, 160 no total. Os atletas, masculinos e femininos, vão participar em diversas categorias, escalonadas
por peso: da categoria de ‘menos de 60 quilogramas’ à de ‘mais de 100 quilogramas’.
África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo, República do Congo, Lesoto, Maláui, Namíbia, Tanzânia e Zimbabué são os países que já manifestaram interesse em participar no Campeonato Africano da modalidade.
Além da Federação Angolana de Ju-Jitsu, está previsto que várias instituições e organismos do país possam integrar a comissão organizadora do evento, com destaque para os ministérios da Juventude e Desportos, Hotelaria e Turismo, Interior e Relações Exteriores.
De salientar que Marrocos não acolheu o Africano de Ju-Jitsu, em Abril do corrente ano, por questões políticas. A maioria dos países que estavam para participar na prova não têm embaixada em Marrocos, onde o alojamento, alimentação e transporte interno já estavam garantidos pela organização do evento.
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