O FC Porto disputa na sexta-feira com o Füchse Berlin o acesso à final da Taça EHF de andebol e o treinador Magnus Andersson espera que os ‘dragões’ estejam com “fome de bola” frente aos detentores do troféu.
Os portistas chegam à ‘final four’ da segunda prova mais importante do andebol europeu, que vai decorrer na Alemanha, moralizados e com aspirações à final, depois de eliminarem dois candidatos e de possuirem no banco um treinador vencedor.
Estar na ‘final four’ e poder conquistar a Taça EHF, embora seja uma novidade para o FC Porto, não é uma experiência inédita para o seu treinador, que já ergueu o troféu por duas vezes nas três últimas edições.
O treinador, de 52 anos, que conquistou a Taça EHF com os alemães do Frisch Auf Göppingen, em 2016 e 2017, pode agora erguer o troféu pela terceira vez com o FC Porto, que chega pela primeira vez na sua história à ‘final four’ da prova.
“Vir para Portugal [após três épocas na equipa alemã] tem sido uma experiência e um desafio novos e interessantes para mim. Claro que tive de me habituar a outra liga e a novos jogadores, e a um nível de campeonato que, apesar de elevado, não é tão alto como outros na Europa”, disse Magnus Andersson ao sítio da Federação Europeia de Andebol (EHF).
O treinador admitiu que nunca sonhou em poder chegar esta temporada à ‘final four’ e atribui o mérito aos jogadores do FC Porto, que “se saíram muito bem, tanto nas eliminatórias [frente aos crónicos candidatos alemão Magdeburgo francês Saint-Raphaël] como na difícil fase de grupos”.
“É óbvio que tem sido bom para os jogadores conhecerem outras equipas diferentes das que defrontam no campeonato português”, disse Magnus Andersson, acrescentando que jogar “contra os melhores emblemas de França, Dinamarca, Roménia e Alemanha desenvolve-os e dá-lhes uma valiosa experiência internacional”.
No trajeto para a ‘final four’ da Taça EHF, o FC Porto eliminou os alemães do Magdeburgo na terceira ronda de qualificação, cumpriu a fase de grupos só com vitórias e afastou nos quartos de final o Saint-Raphaël, vice-campeão em 2017/18 e finalista em 2016/17.
“É claro que jogar outra fase final da Taça EHF também é especial para mim, tendo em conta as boas recordações que possuo da competição”, disse o treinador, que completará 53 anos no dia em que o FC Porto defrontar o detentor do troféu, o Füchse Berlin, na Sparkassen Arena, em Kiel, na Alemanha.
A meia-final com o Füchse Berlim constitui uma espécie de vingança para a equipa alemã, que foi derrotada pelo treinador sueco na final de 2017, então ao serviço do Frisch-Auf Göppingen, por 30-22, mas o FC Porto está moralizado pelos seus resultados.
“Vejo as equipas do Kiel e do Füchse Berlim como favoritos, ainda por cima numa competição que decorre na Alemanha. Espero que os meus jogadores estejam com fome de bola e dêem o melhor de si, mas eu não nos vejo como favoritos”, disse Andersson.
O treinador sueco reconhece que o FC Porto está a passar por um momento extremamente emocionante, com a hipótese de ganhar três títulos, dado que está a liderar o campeonato, na ‘final four’ da Taça de Portugal e na da Taça EHF.
“Estar presente neste evento em Kiel significa muito para o andebol português, e isso significa muito para o FC Porto. Agora, teremos que ver o que podemos fazer”, conclui Magnus Andersson.
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