A Eslovénia terminou o Mundial de Andebol sem conseguir o passaporte para os quartos de final da prova. A seleção europeia empatou no derradeiro jogo da 'ronda principal' com o Egipto, seleção anfitrião, e foram os africanos a marcar presença nos quartos de final pela primeira vez. Uma vitória teria colocado a Eslovénia entre os oito melhores do Mundial mas o derradeiro jogo não correu como esperado.
O encontro com o Egipto ainda dá que falar porque, horas antes do embate, houve uma intoxicação alimentar em grande parte dos jogadores eslovenos. A Eslovénia desconfia que se tratou de uma sabotagem por parte dos anfitriões.
Diz a federação eslovena de andebol que doze jogadores sofreram indisposições gástricas na madrugada de domingo para segunda-feira, com sintomas de intoxicação alimentar. Entre os jogadores mais afetados estavam Stas Skube, Dragan Gajic e Blaz Blagotinsek, os melhores da seleção: estavam tão mal que nenhum deles participou no jogo e Blaz Blagotinsek até terá desmaiado minutos antes do jogo, tendo sido levado de volta ao hotel.
"Os jogadores estavam a gritar de dor, a vomitar e a correr para a casa de banho quase como se as suas vidas dependessem disso. Durante a noite, o Stas Skube e o Dragan Gajic mal conseguiram dormir e o Blaz Blagotinsek, o maior e mais forte dos nossos jogadores, quando já estava no balneário atirou-se para o chão com fortes dores e colapsou no meio do seu próprio vómito. Depois disso, teve de ser levado de volta para o hotel", explicou a federação em comunicado.
A Federação de Andebol Eslovénia colocou depois um pouco de 'água na fervura' ao afastar que tenha sido algo deliberado, mas não entende como nenhuma outra equipa tenha apresentado semelhante problema já que todas as comitivas estão no mesmo hotel e comem a mesma comida.
"Queremos deixar claro que nunca dissemos que esta situação foi provocada de forma deliberada, mas não podemos ignorar o facto de alguns jogadores se terem sentido mal. E tendo em conta que todas as equipas ficaram no mesmo hotel, e nenhuma enfrentou problemas similares, é extremamente difícil perceber o que se passou. Além disso, queremos deixar claro que a nossa equipa apenas utilizou comida do buffet do hotel e do 'room service'. Já a água consumida foi toda engarrafada. Por isso, pedimos que seja feita uma investigação para clarificar a situação, de forma a melhor e evitar situações similares em eventos futuros", acrescentam.
No entanto o selecionador da Noruega acusou os eslovenos de encomendarem comida fora do hotel, algo que não estava estipulado, mas a federação nega que tal tenha acontecido: "Os jogadores pediram pizza, mas foi pedida no restaurante do hotel, dentro da 'bolha' criada num hotel no Cairo, onde ninguém de fora poderia entrar", esclarece a federação.
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