O central e capitão Rui Silva, o guarda-redes Alfredo Quintana e o pivô Luís Frade consideraram hoje crucial “começar bem” o Mundial de andebol, para cimentar as aspirações de Portugal na competição que vai ser disputada no Egito.
Portugal, que regressa à fase final de um Mundial após um jejum de 18 anos, está integrado no Grupo F da fase inicial, estreando-se frente à Islândia, na quinta-feira, antes de enfrentar Marrocos (no sábado) e Argélia (na segunda-feira).
Pela terceira vez no espaço de uma semana, numa espécie de tira-teimas, Portugal e Islândia voltam a defrontar-se, depois do triunfo luso por 26-24 em Matosinhos e da derrota por 32-23 em Reiquiavique, na qualificação para o Europeu de 2022.
O central do FC Porto Rui Silva, um dos armadores e pensadores do jogo luso, juntamente com Miguel Martins, reconhece que uma boa entrada no Mundial, “com uma vitória sobre a Islândia, deixa a seleção bem encaminhada para fazer história no Egito”.
“É um jogo complicado, mas o grupo está confiante e ambicioso”, referiu à agência Lusa o capitão luso, de 27 anos, acrescentando que a derrota frente à Islândia (32-23), no domingo, “não abalou a confiança, mas serviu para tirar ilações”.
O guarda-redes Alfredo Quintana, um dos esteios da seleção portuguesa, com defesas determinantes em momentos decisivos, adiantou que “as expectativas são elevadas e visam chegar o mais longe possível”.
“O objetivo passa por encarar jogo a jogo e chegar o mais longe possível. Tal como no Europeu de 2020 [que Portugal terminou em sexto, alcançando a sua melhor posição]”, referiu o guardião luso-cubano do FC Porto, nascido há 32 anos em Havana.
Para Luís Frade, de 22 anos, um bom inicio do Mundial frente à Islândia é fundamental para encarar com otimismo a passagem à fase seguinte, embora não se possam descurar os jogos seguintes com a Argélia e Marrocos.
De acordo com o pivô do FC Barcelona, “o resultado de domingo não foi o pretendido, pois Portugal queria vencer o segundo jogo com a Islândia e resolver já o apuramento para o Europeu de 2022, mas o grupo está confiante para o jogo de quinta-feira”.
“As expetativas para o Mundial são altas e passam por encarar a competição jogo a jogo”, explicou o pivô, que em 2020 reforçou o FC Barcelona, clube ao serviço do qual já ergueu a Supertaça de Espanha e a Supertaça Catalã e alcançou o estatuto de vice-campeão europeu.
Reconhecendo como necessária a ausência de público nos pavilhões, os jogadores lamentaram esta “tristeza”.
“Os atletas gostam de sentir o calor do público, o seu apoio, e nesta nova realidade temos jogado para bancadas vazias. Só nos ouvimos a nós e aos treinadores. E isso é triste, ainda mais para quem disputa o primeiro Mundial”, referiu Frade.
A 27.ª edição do campeonato do mundo arranca hoje com o embate entre os anfitriões Egito e o Chile, a contar para o Grupo G.
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