O capitão da seleção portuguesa de andebol, Rui Silva, disse hoje que Portugal vai para a fase principal do Mundial com a mesma atitude com que venceu a Hungria, “para acrescentar um pouco mais ao que já fez”.

“Queremos sempre mais um bocado daquilo que já fizemos e vamos à luta com esse objetivo, sabendo que cada jogo é um jogo e só podemos jogar um jogo de cada vez”, disse o central Rui Silva, na antecâmara do embate com o Brasil, na quarta-feira.

A seleção, que na segunda-feira garantiu a presença na ‘main round’ (fase principal) na primeira posição do Grupo D, com os mesmos pontos de Islândia e Hungria, inicia o Grupo II frente ao Brasil, após o que defronta Cabo Verde e a Suécia, campeã europeia e uma das anfitriãs do Mundial.

O guarda-redes Miguel Espinha, de 29 anos, ‘herói’ da vitória por 27-20 sobre a Hungria, na segunda-feira, na Kristianstad Arena, que levou Portugal à liderança do Grupo D, reconhece que “na ‘main round’ vão ser três jogos complicados”.

“Estamos na fase final de um Mundial, por isso não há jogos fáceis. Não podemos vacilar contra o Brasil [quarta-feira] e contra Cabo Verde [sexta-feira] que, teoricamente, são equipas a quem temos de ganhar”, adianta o jogador do Rennes, de França.

E o guarda-redes não esconde a ambição de entrar em campo no último jogo da fase regular “olhos nos olhos” com a coanfitriã a Suécia, na Scandinavium Arena, em Gotemburgo, “para ganhar”, mesmo sabendo que “vai ser muito difícil”.

O treinador Paulo Fidalgo, que substitui no banco o selecionador Paulo Pereira nos três jogos da fase de grupos, devido a castigo, abordou também a passagem de Portugal à ‘main round’ na primeira posição do Grupo D, após a vitória sobre a Hungria.

“Eu disse, depois da derrota com a Islândia, que o Mundial é uma prova longa, com resultados inesperados. É uma prova que obriga a ter uma preparação forte para todos os jogos”, recordou o técnico.

Paulo Fidalgo adiantou que, tal como aconteceu com a derrota com a Islândia, em que a seleção não podia ficar depressiva porque fez um bom jogo, também agora não pode ficar eufórica e começar a facilitar, porque só tem dois pontos.

“O Brasil é um adversário muito complexo em Mundiais. Nestas provas, normalmente, o Brasil e o Egito são os adversários não-europeus mais difíceis de bater. A Suécia é campeã da Europa, e Cabo Verde é uma seleção que tem muitos jogadores com experiência no andebol português”, explicou.

O treinador apontou ainda que “a seriedade que a seleção portuguesa mostrou nestes três jogos tem de ser mantida na ‘main round’ para poder sonhar com a luta pelos oito primeiros lugares”.

O pivô Aléxis Borges, de 31 anos, um dos defensores mais regulares da seleção de Paulo Pereira, espera que a seleção possa ganhar o máximo de pontos na ‘main round’, “jogo a jogo, acreditando sempre que é possível estar na próxima fase”.

Também o ponta Pedro Portela considerou que, após a derrota com a Islândia (30-26), que abalou um pouco a equipa, e as dificuldades com a Coreia do Sul (32-24), em que o desequilíbrio só surgiu na parte final do jogo, Portugal provou o seu valor.

“Somos uma grande seleção e os adversários vão ter muito trabalho para nos derrotarem. Temos de ir jogo a jogo. Vamos com o mesmo espírito, porque os três jogos vão ser difíceis”, considerou Pedro Portela, de 33 anos, do HBC Nantes.

O ponta recordou que Portugal já venceu o Brasil na preparação (31-28), reconhecendo que “é uma equipa complicada”, e que Cabo Verde “tem vindo a fazer bons resultados, o mais relevante dos quais o segundo lugar na Taça das Nações Africanas (CAN)”.

“Mas temos de fazer o nosso trabalho, pensar muito em nós e não nos outros, acreditando no nosso valor. É isso que vamos querer mostrar em campo”, sintetizou Pedro Portela, que no jogo com a Islândia marcou oito golos em nove remates.

O ponta António Areia, de 32 anos, também defende como fundamental na ‘main round’ “pensar jogo a jogo, como a seleção fez para a fase de grupos, e depois logo se vê”, partindo do pressuposto que “o mais importante é sempre o próximo jogo”.

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