O central Miguel Martins e o guarda-redes Alfredo Quintana reconheceram hoje que Portugal deu um passo importante com a vitória frente à Islândia, na estreia do Mundial2021 de andebol, no Egito, apontando já o foco para Marrocos e Argélia.

Miguel Martins, eleito o jogador mais valioso (MVP) do jogo com a Islândia (triunfo por 25-23), com uma eficácia de seis golos em sete remates e duas assistências, considerou que os jogos com Marrocos (sábado) e Argélia (segunda-feira) “são de igual importância”.

Uma vitória frente à Islândia, que era o principal adversário da seleção portuguesa no grupo F da fase preliminar, era importante para garantir a passagem à fase principal com o maior número de pontos, pelo que o primeiro objetivo foi alcançado.

“O nosso principal objetivo é encarar jogo a jogo e vencer”, considerou o central Miguel Martins, de 23 anos, na antevisão do encontro de sábado, com Marrocos, seleção que na primeira jornada perdeu pela margem mínima com a Argélia (24-23).

Miguel Martins referiu que a principal característica das “aguerridas” seleções africanas é a sua “capacidade de entrega ao jogo”, mas acredita que se Portugal “defender bem e sair rápido para o contra-ataque pode vencer”.

Quanto ao triunfo frente à Islândia, depois de uma vitória (26-24) e de uma derrota (32-23) na última semana, no apuramento para o Europeu2022, ante os islandeses, Miguel Martins disse que este se deveu à entrega da seleção lusa e ao facto de ter preparado melhor o jogo.

A distinção MVP, Miguel Martins reparte com todos os colegas de equipa: “É sempre bom ver que o nosso trabalho é reconhecido”, afirmou.

O guarda-redes Alfredo Quintana, outro dos elementos em destaque na estreia da seleção lusa, com uma série de defesas decisivas, reconheceu que Portugal “fez um bom trabalho frente à Islândia”, que “dá confiança para os próximos jogos”.

“Vencer a Islândia foi importante, mas não podemos subestimar os outros adversários [Marrocos e Argélia], que, se estão no Mundial, é porque têm mérito”, disse o luso-cubano Alfredo Quintana, de 32 anos.

Quintana cumpre no Egito o seu segundo Mundial, depois de ter participado com a seleção de Cuba na Croácia, em 2009, juntamente com Daymaro Salina, mas, recorda que, “na altura, era um menino e não tinha consciência de estar a jogar no mais alto nível do andebol”.

“Daí para cá muita coisa mudou. Já sou mais experiente”, admitiu o ‘gigante’ guarda-redes, de 2.01 metros, que admitiu ficar “mais nervoso a dar entrevistas do que a jogar”.

Quintana considerou que parte do sucesso do seu desempenho frente à Islândia se deveu ao facto de conhecer bem os adversários, que tem defrontado com frequência, embora esta situação seja um ‘pau de dois bicos’, pois eles também o conhecem.

Portugal lidera o grupo F da fase preliminar, com os mesmos dois pontos da Argélia, segunda classificada. Marrocos é terceiro e Islândia quarta, ainda sem pontuar. Passam à ronda principal os três primeiros com os pontos somados entre eles.