A Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou hoje a adoção de medidas de apoio a jogadores, treinadores e agentes desportivos ucranianos, deslocados ou a residir em Portugal, incluindo os que detenham o estatuto de refugiado.
Esta posição surge na sequência do comunicado da Federação Europeia de Andebol (EHF) a condenar a guerra na Ucrânia, subscrito na “íntegra e sem qualquer reserva” pela FAP, face à “violação generalizada dos direitos humanos” e à “ameaça à vida e à integridade física dos ucranianos”.
Nesse sentido, a FAP decidiu permitir “a título excecional”, por “razões humanitárias e de força maior”, a inscrição de agentes desportivos ucranianos, sem custos ou encargos de inscrição, até 01 de abril, tendo em vista a sua participação em provas oficiais, nacionais e regionais.
A federação concede ainda outros apoios, de natureza não desportiva, como a possibilidade de inscrição e frequência em cursos do ensino superior e politécnico, ao abrigo e nos termos e condições dos protocolos da FAP em vigor com várias instituições.
O presidente da FAP, Miguel Laranjeiro, enviou uma missiva à Federação Ucraniana de Andebol a manifestar a sua “total solidariedade para com o povo ucraniano e para com a comunidade do andebol em particular” e em que lamenta o seu sofrimento.
Para Miguel Laranjeiro, a invasão da Ucrânia por parte da Rússia “está a traduzir-se numa crise humanitária em larga escala, que está já a originar o abandono de civis, que procuram refúgio em países dispostos a prestar-lhes acolhimento”.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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