O treinador adjunto da seleção portuguesa de andebol, Paulo Fidalgo, assumiu no passado sábado o favoritismo para o jogo de domingo frente à Bósnia-Herzegovina e só receia a “capacidade de superação” do próximo adversário no Euro2020.

“Portugal, depois de vencer a França por duas vezes no espaço de oito ou nove meses, e tendo em conta aquilo que tem produzido, obviamente, devemos todos assumir que queremos ganhar à Bósnia e que temos potencial e armas para isso”, afirmou Paulo Fidalgo, em encontro com a comunicação social, na cidade norueguesa de Trondheim, anfitriã do grupo D da fase final.

A equipa das 'quinas’ venceu na sexta-feira, por 28-25, a congénere francesa, uma das maiores potências da modalidade, mas o adjunto do selecionador Paulo Pereira sentiu “uma normalidade e rotina no trabalho”, até porque no domingo terá de enfrentar mais um encontro “muito exigente”.

“Temos de ter a mesma seriedade e devoção que tivemos com a França. A Bósnia tem uma arma que a França não demonstrou, que é um lado patriótico e emocional muito vincado, suportada por adeptos totalmente eufóricos. Muitas vezes suplantam-se”, advertiu.

Paulo Fidalgo frisou que a Bósnia tem “jogadores que, num ‘dia sim’, podem obrigar Portugal a um esforço muito acentuado”, mas também apontou “várias lacunas” ao próximo adversário, “a nível dos recursos técnicos”, mas também “alguma falta de velocidade e de intensidade”.

“O jogo traz-nos desafios aos quais temos de responder. Neste momento, estão todos à espera que Portugal ganhe à Bósnia e que a Noruega ganhe à França e eu consigo imaginar a França a ganhar à Noruega e a Bósnia a pôr muitos problemas a Portugal”, assinalou.

O técnico observou que a seleção dos Balcãs “não tem rigorosamente nada a perder”, até porque “é a primeira vez que participa num Campeonato da Europa”, e rejeitou que a derrota na estreia, por 32-26, frente a uma seleção da Noruega “altamente motivada para vencer o Europeu”, seja uma demonstração de menor capacidade.

A equipa das 'quinas’ defronta a Bósnia no pavilhão Trondheim Spectrum, a partir das 16:00 (menos uma hora em Lisboa), antes de a Noruega, vice-campeã mundial em exercício, jogar com a França, medalha de bronze no último Campeonato do Mundo, em partidas da segunda jornada do grupo D.

A seleção lusa, que apenas defrontou os bósnios duas vezes (um triunfo para cada lado), até pode assegurar o apuramento antecipado, caso se imponha à equipa dos Balcãs e os franceses, campeões europeus em 2006, 2010 e 2014, percam ou empatem com a Noruega.

Portugal, que disputa pela sexta vez a fase final do Europeu - no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia -, após 14 anos de ausência, encerra a participação na fase preliminar da prova na terça-feira, frente à Noruega, em Trondheim.