O ponta direito do FC Porto Miguel Alves substituiu Francisco Tavares, do Sporting, na lista de convocados da seleção portuguesa de andebol para a fase final do Europeu, da qual ficaram excluídos Miguel Espinha e Tiago Sousa.
O guarda-redes Miguel Espinha, dos franceses do Cesson-Rennes MH, e o pivô Tiago Sousa, do Águas Santas, foram os dois excluídos da lista inicial de 20 ‘eleitos’ do selecionador Paulo Jorge Pereira, que, no dia da viagem para Budapeste, convocou Miguel Alves, em detrimento de Francisco Tavares.
“Houve alguma alteração porque, de certa forma, nós tínhamos planificado de uma forma e, agora, houve um posto que acabámos por pensar de maneira diferente. Esta questão da covid-19 condicionou muitas coisas, sobretudo no dia a dia, na minha vida profissional, acho que foi o momento em que mais dificuldades de adaptação tivemos”, afirmou o selecionador, em declarações reproduzidas pela Federação de Andebol de Portugal (FAP).
O técnico acentuou essa “pequena modificação” na lista de convocados, reconhecendo que, “de resto, no geral”, a convocatória segue o planificado.
Portugal vai disputar na Hungria e na Eslováquia pela sétima vez uma fase final de um campeonato da Europa, depois do histórico sexto lugar alcançado em 2020, estreando-se na sexta-feira diante da Islândia. Depois, ainda em Budapeste e no Grupo B, vai defrontar a Hungria, no domingo, e os Países Baixos, no dia 18.
“Nós vamos ter de ser capazes de situar a forma de resolver problemas no jogo, se nós conseguimos situar muito bem de que maneira é que vamos ter de resolver as questões, quer no ataque, quer na defesa, quer na transição, podemos ter algumas opções. É difícil, mas vamos ter de conseguir ter energia para focar os problemas de uma forma eficaz. Se assim o fizermos cada um de nós vai ter que dar um pouco mais do que aquilo que deu até agora e isso é inevitável para podermos ter sucesso”, referiu o selecionador.
Paulo Jorge Pereira identificou as contrariedades vividas na preparação, tendo dado especial atenção a quem estaria apto para o Europeu: “Foi muito difícil, mas também acho que nós temos uma certa tendência para sobreviver ao caos. Portanto, somos os especialistas nisso e espero que, mais uma vez, consigamos sobreviver a uma situação crítica que tivemos”.
“Hoje, já está toda a gente feliz porque estamos todos aptos a viajar, embora nem toda a gente possa entrar no primeiro jogo”, reconheceu, recordando que vão ser novamente submetidos a testes ao coronavírus responsável pela pandemia de covid-19 à chegada à capital húngara, onde nem todos os jogadores vão poder alinhar no primeiro jogo.
Esta limitação decorre da obrigatoriedade de os jogadores apresentarem dois testes PCR negativos, com um intervalo mínimo de 24 horas, sendo o primeiro no quinto dia após a deteção da infeção.
Comentários