Os jogadores da seleção portuguesa preparam “um regresso em grande” aos palcos internacionais de andebol, que passa pela tentativa de qualificação para a segunda ronda do Euro2020, apesar do nome intimidador dos adversários na fase de grupos.
“Há muitos anos que não conseguimos estar numa fase final e queremos um regresso em grande, tentando passar à fase seguinte. Sabemos que é um grupo bastante complicado, mas já demonstrámos que é possível ganhar a grandes esquipas e queremos voltar a fazê-lo”, disse à agência Lusa Tiago Rocha.
O pivô do Sporting parte para Trondheim “com o objetivo de lutar em todos os jogos para ganhar”, pouco intimidado com o nome dos adversários, em especial a anfitriã Noruega e a França, segunda e terceira classificadas no último Mundial, respetivamente, além da estreante Bósnia-Herzegovina.
Tiago Rocha recordou o recente triunfo (33-27) alcançado sobre os franceses durante a fase de qualificação e o ponta Pedro Portela observou que o primeiro adversário no Euro2020 já olha “com mais respeito” para a seleção lusa, sustentando que “uma vitória frente à França será um grande passo para o apuramento”.
“Queremos chegar o mais longe possível, mas temos de pensar passo a passo. Portugal não está no Europeu há 14 anos. Vamos lá com a ambição de fazer grandes coisas, mas temos de ter a noção de que tem de ser passo a passo”, reforçou Alfredo Quintana.
O guarda-redes do FC Porto, a última barreira da equipa das ‘quinas’, alertou para a importância de “transportar para a seleção o andebol praticado nos clubes portugueses”, observando que a presença no Europeu pode “abrir portas para os jovens mostrarem o seu potencial”.
“Acho que é o começo de uma longa caminhada, porque tenho a certeza de que esta equipa não vai ficar por aqui. Vamos continuar a trabalhar e apurar-nos para o campeonato do Mundo, até porque teremos muito mais maturidade. Este Europeu vai ser o primeiro passo”, garantiu Alfredo Quintana.
Para Pedro Portela, “há muito que Portugal merecia estar nestas competições”, e Tiago Rocha notou que a presença no Euro2020 “é muito importante para o desenvolvimento do andebol português”: “Estive nessas 14 tentativas de ir ao Europeu ou Mundial e tenho, finalmente, a sensação do dever cumprido”.
Dos três internacionais portugueses, Pedro Portela, que alinha nos franceses do Tremblay, foi o que se manifestou mais bem preparado para enfrentar as temperaturas negativas na Noruega, em contraponto com Alfredo Quintana, natural de Cuba, que não está, nem estará “nunca preparado para o frio”.
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