O vice-presidente do Comité Olímpico Angolano (COA), Mário Rosa, apontou esta quarta-feira, em Luanda, a possibilidade de uma participação digna da seleção angolana sénior masculina de andebol no Mundial de França, apesar das dificuldades competitivas a encontrar.
Em antevisão ao primeiro jogo do combinado angolano diante da similar da Eslovénia, que acontece quinta-feira, na cidade de Metz, para o Grupo B, o dirigente desportivo afirmou à Angop que a equipa vai moralizada em cumprir com as suas obrigações, pautando por uma postura que dignifique o país, na prova que se disputa de 11 a 29 deste mês.
"Os angolanos vão ao Mundial para cumprirem as suas obrigações, que passam por representar bem o país. Sei que não será fácil, já que a diferença em relação aos demais adversários é grande. Por isso, no desporto as surpresas também ocorrem e não existe o impossível em lutar por um resultado melhor", disse.
Acrescentou não ser suficiente o curto estágio preparativo feito em Portugal para dotar o conjunto de uma melhor capacidade competitiva, que lhe permitiria ombrear em igualdade com outros participantes.
Para o também antigo praticante da modalidade, existe uma má abordagem sobre a preparação para o Mundial, já que a diferença em relação aos outros países é por demais acentuada, na medida em que devia ocorrer durante todo ano, para aquisição da rodagem adequada ao evento do género.
Referiu ser a preparação que o país pode proporcionar ao grupo, em virtude das dificuldades do momento, em que também não se poderá pedir resultados "milagrosos" aos jogadores.
Quanto à equipa técnica, agora liderada pelo treinador Alexandre Machado "Careca", coadjuvado por Marcelino Nascimento, adiantou que foi uma decisão normal, já que o Filipe Cruz (anterior selecionador) não deve estar com os femininos e masculinos ao mesmo tempo, dando-se oportunidade também a outros jovens treinadores angolanos capazes, apesar do seu mérito da qualificação ao mundial.
O responsável do olimpismo pediu ainda aos integrantes da missão angolana para demonstrarem o sentimento de perseverança, coragem e luta pela dignidade.
Com propósito em superar a sua melhor classificação (21ª posição) do Mundial da Alemanha, em 2007, Angola deixou terça-feira Portugal, onde em Vila Nova de Gaia efetuou um estágio de preparação, em que defrontou equipas locais, com quatro jogos feitos.
Fazem parte da série dos angolanos, além do adversário da estreia, as congéneres da Tunísia, Macedónia, Islândia e Espanha.
A seleção masculina, medalha de bronze no último campeonato africano no Cairo, em 2016, pode escrever uma página brilhante da sua história na alta competição internacional, em caso de qualificação aos oitavos-de-final no 25º Mundial da categoria.
Não obstante ligeira vantagem da Espanha, Eslovénia e Islândia (principais candidatos aos lugares cimeiros), Angola, Tunísia e Macedónia rivalizam pelo quarto lugar de qualificação à segunda fase.
Será a terceira presença de Angola num mundial, depois de 2005, na Tunísia, e 2007 na Alemanha. Ao serviço da selecção nacional estão: Geovanni Muachissengue, Julião Gaspar, Gilberto Figueira (guarda-redes), Adelino Pestana, Edvaldo Ferreira, Sérgio Lopes (meia-distâncias), Manuel Nascimento, Romé Ebo (centrais), Osvaldo Mulenessa, Nestor Kinanga, Adilson Maneco, Elias António, Belchior Camuanga (pontas) e Gabriel Tecas e Yaroslav Aguiar (pivotes).
Sobre a abertura do evento, a França, campeã em título e vice-campeã olímpica defronta o Brasil, hoje, às 20H45, no “Arena Accorhotels”, em Paris, em jogo que marca o início da fase de grupos.
Uma hora antes acontece a cerimónia de abertura, celebração cujo programa mostrará um pouco da história, cultura e geografia dos países participantes, com especial relevância às etapas que conduziram à sua qualificação para o mundial.
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