A seleção portuguesa de andebol parte hoje para Israel com o objetivo de assegurar a presença no Europeu2022 e, segundo Diogo Branquinho, continuar a escrever e a eternizar páginas da história da modalidade em Portugal.

“O grupo está bem, motivado e ansioso, mas uma ansiedade boa para começar a competir e conquistar o direito desportivo de estar presente no Europeu2022 já no primeiro jogo [com Israel]”, disse o ponta esquerdo Diogo Branquinho.

Para garantir a qualificação, à ‘distância’ de um empate (um ponto), a seleção orientada por Paulo Jorge Pereira tem duas tentativas no grupo 4 de qualificação, na quinta-feira, frente a Israel, em Telavive, e no domingo, na receção à Lituânia, em Matosinhos.

“É uma prova em que queremos estar presentes, porque queremos ser um dos candidatos crónicos em todas as grandes competições e estar sempre nos mundiais e nos europeus, porque temos essa qualidade. E fazer cada vez melhor”, defendeu Branquinho.

Depois de ter sido sexta classificada no Euro2020, 10.ª no Mundial2021 – que constituem as duas melhores posições de sempre – e do inédito apuramento para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, a seleção portuguesa está a um passo de conseguir o pleno de quatro apuramentos consecutivos, após 14 anos sem nenhuma presença em fases finais.

“Temos uma excelente equipa, com bons jogadores, com boas pessoas e uma vontade e uma mentalidade vencedora para olhar nos olhos todas as seleções do mundo e ganhar-lhes. É essa a nossa motivação”, referiu, justificando desta forma a evolução.

O ponta recordou que “há algum tempo a seleção teria que fazer um jogo perfeito e o adversário ter um dia menos bom para conseguir vencer, mas agora já não é assim, pois basta que Portugal jogue de acordo com a sua qualidade para ganhar a qualquer seleção do mundo”.

Para além do desejo de assegurar já no jogo com Israel a qualificação, o jogador dá ainda corpo à ambição de, conquistada a presença no Europeu2022, continuar a curva crescente da modalidade e lutar pelas medalhas, algo que tem “escapado por pouco”.

“Nós temos que ser os primeiros a assumir que temos a boa responsabilidade de ganhar e que tal se deve à nossa qualidade e confiança e vamos sempre para as competições com a ambição de fazer uma boa prestação na fase de grupos, passá-la e a seguir ir jogo a jogo para ganhar a todas as seleções. Se isso acontecer está empírico que estamos na luta pelas medalhas”, assegurou.

Diogo Branquinho considerou que a seleção portuguesa “pratica um andebol bonito, cativante, rápido, com uma defesa muito forte, ao nível das melhores do mundo, com golos espetaculares, com jogadores com capacidade técnica e tática muito acima da média e um espírito de entreajuda muito grande”.

“Temos que transformar isso em resultados”, adiantou Diogo Branquinho, de 26 anos, considerando que Portugal é já um adversário que as outras seleções respeitam e, se pudessem escolher, preferiam evitar nos apuramentos e fases finais.

O ponta considera que “Portugal já não é uma surpresa e todas as seleções que se cruzam no seu caminho já sabem que vão encontrar uma equipa difícil de bater e todas as grandes equipas do mundo, habituadas às finais, já sentiram muitas dificuldades nesses encontros”.

“Não vamos tirar a boa responsabilidade de um dia chegar às medalhas. Penso que isso vai acontecer de uma forma natural, pois temos qualidade e confiança no processo. No sexto lugar do Euro2020 e no 10.º do Mundial2021 estivemos muito perto”, acrescentou.

Diogo Branquinho comentou ainda o facto de o jogo em Israel decorrer com espetadores, considerando ser sempre bom ter adeptos, “porque o desporto é para eles”, e a presença de público “torna o jogo mais vibrante”, embora também “mais difícil para a equipa visitante”.

Portugal disputou quatro jogos no grupo, que lidera, com mais dois pontos do que a Islândia. Soma três triunfos, nas receções a Israel (31-22) e Islândia (26-24) e em casa da Lituânia (34-26), e uma derrota, na deslocação a Reiquiavique (32-23).

O apuramento para a fase final do Euro2022, a disputar na Hungria e na Eslováquia, está ao alcance dos dois primeiros classificados de cada um dos oito grupos, mais os quatro melhores terceiros, o que deixa ainda tudo em aberto no que toca à qualificação.

A fase final contará com 24 seleções, 20 das quais saídas da qualificação, que se juntam aos organizadores Hungria e Eslováquia e à campeã europeia em título, a Espanha, e à ‘vice’ Croácia.

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