André Gomes e Alexi Borges afirmaram hoje que vai ser um “jogo difícil” frente à Suíça, mas que está “tudo em aberto” para Portugal fazer história no Mundial2021 de andebol, no Egito, e passar à fase a eliminar.

“Vai ser um jogo difícil, mas vamos entrar com tudo para ganhar”, referiu o lateral André Gomes, de 22 anos, realçando que a Suíça, que foi repescada em substituição dos Estados Unidos, nem sequer devia estar no Cairo, mas que tem realizado boas exibições.

André Gomes pretende para o jogo de sexta-feira a mesma atitude com que a seleção entrou no encontro com a vice-campeã mundial Noruega, que ditou a primeira derrota de Portugal (29-28), mas com a incerteza no marcador até ao fim.

“Está tudo em aberto. Foi uma derrota, mas o caminho não acabou. Temos que ganhar os próximo jogos [Suíça e França]”, considerou André Gomes, realçando que a seleção das ‘quinas’ quer “continuar a dar muitas alegrias aos portugueses”.

Portugal, que teve uma primeira fase imaculada, com três vitórias em três jogos, perdeu com a Noruega na fase principal, mas tem ainda dois jogos para somar os pontos necessários para atingir os quartos de final, ao alcance dos dois primeiros classificados de cada grupo.

Frente à Noruega, numa partida equilibrada e de incerteza no marcador até ao fim, esteve em destaque nos minutos finais o guarda-redes Humberto Gomes, de 43 anos, que André Gomes rotulou de “inspiração” para todo o grupo de trabalho.

O pivô luso-cubano Alexis Borges, de 29 anos, reconheceu que no final do jogo de quarta-feira com a Noruega ficou a sensação de que a seleção portuguesa podia ter alcançado um resultado melhor, “mas isso é passado e hoje o pensamento já está na Suíça”.

“É uma equipa que nem era para estar aqui, mas está a fazer bons jogos. Amanhã [sexta-feira], vai ser mais uma batalha. Temos que estar concentrados e fortes, física e mentalmente, para ganhar”, referiu, em conferência de imprensa por Zoom.

Alexis Borges destacou na formação helvética a sua distribuição variada de jogo, pelo que antecipar as jogadas e cortar as linhas de passe do central são algumas das preocupações lusas para sexta-feira.

Questionado sobre a atuação da dupla de arbitragem espanhola Óscar Raluy e Angelno Sabroso no jogo com a Noruega, Alexis Borges evitou entrar em polémicas e disse que a seleção tem que fazer o seu trabalho sem estar a pensar na arbitragem.

“Não quiseram ser protagonistas e deixaram-nos a nós [jogadores] decidir o jogo”, reconheceu Alexis Borges, admitindo que, no caso das exclusões, “tudo depende da intensidade das faltas”, mas que “as arbitragens não têm prejudicado”.

O pivô confessou ainda que acalenta o sonho de chegar à final do Mundial2021 do Cairo, 18 anos após a última participação de Portugal numa fase final, e considerou que chegou o momento de a seleção lusa concretizar o desejado salto.