O selecionador Paulo Pereira pediu hoje uma entrada forte aos jogadores da seleção portuguesa de andebol no encontro com a França, que demonstre “uma forma de estar altamente competitiva” na estreia no Euro2020.

Portugal disputa na sexta-feira, na cidade norueguesa de Trondheim, a partida inaugural do Grupo D do Europeu – ao qual regressa após 14 anos de ausência – frente a uma das maiores potências da modalidade, medalha de bronze no último Mundial, mas isso não retira ambição a Paulo Pereira.

“Nos primeiros 10/15 minutos, já perceberemos como poderemos estar para enfrentar esta fase preliminar da competição. O desfecho, não sabemos, mas vamos ter de mostrar a nós próprios que a nossa forma de estar é altamente competitiva e não importa o que está à nossa frente”, advertiu o treinador, em encontro com a comunicação social, em Trondheim.

Paulo Pereira observou que Portugal terá de aproximar-se da “perfeição”, tal como aconteceu no ano passado, quando bateu os franceses por 33-27, em Guimarães, antes de derrotado também de forma categórica, por 33-24, em Estrasburgo, em partidas do grupo 6 de qualificação para o Euro2020.

“É um jogo altamente exigente. Eles têm jogadores excecionais, embora eu ache que nós também temos. Vai ser uma luta terrível e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para podermos continuar a convencer e a fazer com que o andebol português seja cada vez mais reconhecido”, assinalou.

O selecionador português lamentou a ausência do ponta esquerdo Fábio Vidrago, do lateral esquerdo Fábio Magalhães e do central Miguel Martins, que estão a recuperar de uma gripe, um problema que afetou “quase toda a equipa” e obrigou a “trabalhar de forma alternada”.

Paulo Pereira dedicou-se hoje à análise defensiva, na expectativa de contrariar o poderoso ataque francês, esperando concentrar as atenções no dia da estreia à vertente ofensiva e à forma como a equipa lusa também poderá “criar problemas à França”.

O técnico relativizou o recente desempenho no Torneio Internacional de Espanha, no qual Portugal só foi derrotado pela seleção anfitriã, por 30-25, tendo vencido a Rússia, por 27-25, e a Polónia, por 34-27, todas qualificadas para o Europeu de 2020.

“Só perdemos com o campeão da Europa e estivemos a lutar até ao final. Mas isto é um Campeonato da Europa, com equipas de altíssima exigência. Não é a mesma coisa jogar uma competição destas ou um torneio. Vamos ver como reagimos aqui”, notou.

A ‘equipa das quinas’ defronta a França no pavilhão Trondheim Spectrum, a partir das 18:15 (menos uma hora em Lisboa), antes de a anfitriã Noruega, vice-campeã mundial em exercício, jogar com a estreante Bósnia-Herzegovina, no segundo encontro do agrupamento D.

Portugal, que disputa pela sexta vez o Europeu (no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia), defronta os bósnios no domingo e encerra a participação na fase inicial da prova na terça-feira, frente aos noruegueses, sempre em Trondheim.