O 'capitão' da seleção portuguesa de andebol, Tiago Rocha, quer colocar "a cereja no topo do bolo" da histórica participação no Euro2020 e vencer a favorita Alemanha, no jogo de atribuição dos quinto e sexto lugares.

"Estou muito orgulhoso deste grupo, os resultados estão à vista e queremos acabar com a cereja no topo do bolo e conseguir conquistar o quinto lugar", disse Tiago Rocha, em encontro com a comunicação social, em Estocolmo, palco do encontro de sábado, com início às 16:00 (15:00 em Lisboa).

Portugal vai entrar em campo na Tele2 Arena com a certeza de já ter superado o sétimo lugar alcançado no Campeonato da Europa de 2000, realizado na Croácia, o anterior ponto alto da participação lusa na prova, mas o pivô acredita que a seleção poderia "ter ido mais longe".

"Ficámos com a ideia de que não havia nenhum adversário que fossemos incapazes de vencer. Éramos merecedores [de atingir as meias-finais], mas estamos satisfeitos por lutar pelos quinto e sexto lugares. Isso já é grandioso", assinalou Tiago Rocha, alertando para a importância de "não ficar por aqui" e continuar "a bater recordes".

Os vice-capitães Rui Silva e Fábio Magalhães também se manifestaram "orgulhosos" com a proeza da equipa das 'quinas' no Euro2020, no qual, além de já ter assegurado a melhor classificação de sempre, também garantiu a presença no torneio de qualificação olímpico.

"Ter a melhor classificação de sempre tem de ser motivo de orgulho para todos. Fica um sentimento que, se calhar, podíamos ter feito um bocadinho mais, e isso é bom, porque mostra que temos jovens com qualidade para, no futuro, poder fazer melhor ainda", notou Fábio Magalhães.

O lateral esquerdo não esquece os 14 anos de ausência de grandes competições internacionais: "Já estou na seleção há muitos anos e falhar tantas vezes foi muito frustrante. Chegarmos aqui e fazermos este trabalho demonstra que, se calhar, poderíamos ter estamos mais vezes e fazer coisas bonitas."

Fábio Magalhães até já aponta ao torneio pré-olímpico, para o qual a equipa lusa deverá transportar o espírito evidenciado no Euro2020, pois já "não há 'papões'" e Portugal tem capacidade para "lutar com qualquer equipa" e apurar-se para os Jogos Olímpicos, o "expoente máximo do desporto".

"Fazer parte da história do país, na modalidade que todos amamos, é de um orgulho e felicidade enormes. Desde o início do campeonato que queríamos ganhar os jogos todos, fosse contra quem fosse", lembrou Rui Silva.

O central, que está entre os cinco candidatos a melhor jogador do torneio na sua posição, notou que "a Alemanha é uma grande potência no andebol, se calhar o país que mais vive o andebol", mas alertou que a seleção portuguesa, apesar de muito desgastada, só pensa na vitória.

"O facto de ser o último jogo dá-nos mais força, porque queremos continuar a fazer história e ficar em quinto não é o mesmo que ficar em sexto. Só temos de ir buscar todas as forças do mundo para estarmos outra vez num bom nível, discutir o jogo e, quem sabe, sairmos vencedores", afirmou.

Perante jogadores alemães "muito altos, pesados e fortes", habituados a disputar jogos com grande intensidade "durante o ano todo", a tarefa parece mais complicada, mas Fábio Magalhães recordou que Portugal "já demonstrou poder bater-se com as melhores equipas europeias".

"É, sem dúvida, o caso da Alemanha, uma grande equipa, com jogadores a jogar no melhor campeonato do mundo, mas, se fizermos o nosso trabalho e estivemos concentrados, temos hipóteses. Claro que estamos cansados, temos pequenas mazelas, mas o mais importante neste momento é a cabeça. Estamos todos muito motivados para tentar bater os alemães", reforçou.

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