A seleção portuguesa de andebol recebeu e venceu hoje a França por 33-27, numa excelente exibição que lhe permitiu subir à liderança do grupo 6 da fase de qualificação para o europeu de 2020.
Coeso na defesa, com Alexis Borges decisivo a conter o poderio físico adversário na zona central e o guarda-redes Humberto Gomes a fazer 11 defesas, Portugal foi também eficaz no ataque e esteve sempre na frente do marcador, tendo chegado aos oito golos de vantagem aos 53.10 minutos (30-22), gerindo depois a diferença.
Depois de ter alcançado o segundo triunfo da história sobre os gauleses - tinha-o conseguido em 1980 -, Portugal ascendeu à liderança do grupo 6, com seis pontos, e está próximo de marcar presença no torneio que vai decorrer na Áustria, Noruega e Suécia, já que se apuram os dois primeiros de cada grupo e os quatro melhores terceiros classificados dos oito grupos.
A equipa das 'quinas' marcou três golos sem resposta nos primeiros três minutos, optando por sucessivas trocas na zona central - Rui Silva e Tiago Rocha ajudavam a equipa a criar espaço no ataque e eram, depois, substituídos por Alexis Borges e Daymaro Salina, na hora de defender.
Mesmo sem Nikola Karabatic, a formação gaulesa começou, aos poucos, a impor o seu poderio físico para 'tapar' os caminhos da baliza defendida por Vincent Gerard e acabou por empatar o desafio durante o oitavo minuto, num remate do pivô Ludovic Fabregas.
Portugal, no entanto, encerrou um período de mais de sete minutos sem marcar aos 10.30 minutos, com um golo de Rui Silva (4-3) e, apesar de ter permitido ao adversário chegar algumas vezes ao empate, a partir daí, nunca o deixou passar para a dianteira.
Depois de Romain Lagarde ter igualado o jogo a 12 golos aos 22.51 minutos, a equipa de Paulo Pereira descolou de vez no marcador, conseguindo um parcial de 5-1 até ao intervalo, com os principais goleadores da equipa em destaque - António Areia marcou seis golos nos 60 minutos e Gilberto Duarte cinco.
Apesar de Luís Frade e de Alexis Borges terem sido excluídos por dois minutos no final da primeira parte, os portugueses mantiveram o 'fosso' para o adversário nos primeiros cinco minutos da segunda parte e até o dilataram, posteriormente.
Apesar das várias alterações operadas na França pelo selecionador Didier Dinart, Portugal aguentou a reação francesa e alcançou pela primeira vez uma vantagem de oito golos 45.30 minutos, quando Tiago Rocha apontou o 26-18.
No tempo que restou, a seleção francesa - campeã da europa em 2014 e campeã do mundo em 2015 e em 2017 - tentou inverter o resultado, sobretudo pela ação do lateral Nedim Remili (melhor marcador, com sete golos), mas a equipa das 'quinas' nunca permitiu que a desvantagem fosse menor do que seis golos.
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