A atiradora Margarida Lapa apresenta-se na competição paralímpica de tiro dos Jogos Paris2024 ao “nível dos melhores”, mas como “menos experiência”, factos que levam o treinador a admitir que em termos de resultados “tudo é possível”.
“Neste momento, ela está ao nível dos melhores, a nível de resultados tudo é possível. A grande diferença entre ela e os outros é a experiência. Ela é um das atiradoras mais novas entre os participantes”, disse o treinador da atleta, Francisco Silva, em declarações à agência Lusa.
Aos 24 anos, Margarida Lapa chega aos Jogos Paralímpicos depois de pouco mais de dois anos de competição na modalidade, na qual será a protagonista na prova de carabina de ar comprimido, após Adelino Rocha ter competido em pistola nos Jogos Rio2016.
“Ela é das mais novas, e deve ser das que tem menos experiência, porque praticamente tem dois anos de tiro, e conseguiu a vaga em menos de dois anos”, explicou Francisco Silva.
O treinador da atiradora, que é também o seu ‘loader’ – uma vez que Margarida Lapa não consegue fazer sozinha o carregamento da arma –, lembra as especificidades da modalidade, que assenta em “muita concentração, estado de espírito ótimo, precisão e grande coordenação”, para justificar a dificuldade de perspetivar resultados.
“Podemos esperar qualquer coisa. Eu confio, as esperanças estão lá, quer minhas quer dela. Tudo é possivel , porque ela tem capacidade técnica e psicológica. Agora, é uma questão de verificar e tudo está perfeito, numa modalidade que é muito especial”, afirmou.
No Centro de tiro de Châteauroux, Margarida Lapa, que compete na classe mais severa, em termos de mobilidade, vai tentar nas eliminatórias um lugar na final da competição, destinada a atletas de ambos os sexos.
Portugal vai marcar presença nos Jogos Paralímpicos Paris2024, que decorrem entre quarta-feira e 08 setembro, com 27 atletas, que vão competir num número recorde de 10 modalidades.
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