O canoísta Norberto Mourão foi hoje quinto classificado na final da classe adaptada VL2, apurando-se para Paris2024, onde tem o objetivo de melhorar o bronze dos Paralímpicos de Tóquio2020.

“Estamos em Paris2024, que era o sonho. Foi para isso que trabalhámos esta época. Claro que ambicionava a medalha, sonhava com isso. Estava muito vento, mas fiz uma prova extraordinária, mesmo no limite. Não tinha mais para dar. Conseguir a vaga era mesmo o objetivo”, destacou.

O vice-campeão da Europa concluiu o seu desempenho em 53,143 segundos, numa regata que teve como vencedor o brasileiro Paulo Rufino, em 50,344.

“Está conseguido. A próxima época é preparar só uma prova. Este ano era esta e os Europeus, há um mês, algo que complicou a preparação, mas estou com o sentimento do dever cumprido. Agora é descansar e pensar em Paris”, regozijou-se.

Norberto Mourão reconheceu que neste ciclo olímpico “o nível tem evoluído muito”, bem como a sua idade, ainda assim não exclui a hipótese de voltar ao pódio, apesar de ir competir com quase 44 anos.

“Acredito ser possível chegar lá e atingir um excelente resultado. Pensar em medalhas… é para isso que trabalho, o meu objetivo. Vou acreditar sempre. A idade vai pesando, mas, mesmo com mais 10 anos do que alguns dos meus adversários, estou ali a dar luta aos primeiros”, vincou.

Além de se apurar em VL2, Portugal conseguiu uma segunda vaga, na categoria KL1, por Alex Santos e Floriano Jesus, embora apenas um possa representar o país em Paris2024.

Fernando Pimenta foi, até agora, o único a garantir vaga direta para os olímpicos, com o título mundial em K1 1.000 metros.

Teresa Portela foi oitava na final, quando havia seis vagas: ainda assim, com as desdobragens, fruto de atletas que apuram em mais do que um barco, a sua qualificação é certa, carecendo apenas de oficialização.