O português Lenine Cunha terminou hoje na sexta posição a final do salto em comprimento F20 (deficiência intelectual), numa prova dos Jogos Paralímpicos Rio2016 na qual o malaio Abdul Romly bateu três vezes o recorde mundial.
Lenine Cunha, medalha de bronze na mesma prova em Londres2012, conseguiu o melhor salto a 6,84 metros, melhorando o seu máximo pessoal da época, que estava fixado em 6,75. “Não correu mal, os outros é que estão muito fortes. Depois dos 6,84, acreditei que podia chegar perto dos sete metros e a medalha (de bronze) esteve nos 6,99”, disse.
O ucraniano Dmytro Prudnikov arrecadou o bronze, com um salto a 6,99 metros, atrás do croata Zoran Talic, que conseguiu a prata com a marca de 7,12.
Visivelmente emocionado, Lenine Cunha, de 33 anos, garantiu que no atual ciclo paralímpico treinou “mais do que nunca”, lembrando, no entanto, que era o atleta mais velho em prova na final, disputada no Estádio Engenhão. “Era o mais velho em competição. São 26 anos de atletismo e 17 na alta competição”, afirmou Lenine Cunha, que fez três saltos nulos, nos seis da final.
Aos 19 anos, o malaio Abdul Romly fez cair por três vezes o recorde mundial, que era de 7,35 metros e no final acabou fixado em 7,60, depois de ter passado por 7,47 e 7,54.
Lenine Cunha, detentor de 183 medalhas internacionais, admitiu ainda poder marcar presença nos Jogos Tóquio2020, apesar de reconhecer que os Jogos Rio2016 “devem ter sido os últimos com hipóteses de conquistar medalhas”.
No entanto, o atleta garantiu que no futuro “ainda há muitos campeonatos do mundo e da europa para disputar”, acrescentando: “Não tenho nada a provar”.
Nas outras provas de atletismo da manhã que contaram com portugueses, ambas para atletas com deficiência visual, Carolina Duarte foi sexta na final dos 100 metros T13 e Nuno Alves falhou presença na final dos 1.500 metros T11, ao correr a distância em 4.36,32 minutos.
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