Filipe Marques terminou no no 4.º lugar de triatlo adaptado nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

O atleta português terminou a 40 segundos de uma medalha, depois de ter chegado a liderar a prova.

A vitória coube ao norte-americano Chris Hammer, que concluiu a prova em 58:44 minutos. O brasileiro Roman Cordeiro foi segundo e o alemão Martin Schulz terminou no terceiro posto.

Com este 4.º lugar, Portugal soma assim mais um diploma nesta edição dos Jogos Paralímpicos, que terminam apenas no próximo domingo e onde a comitiva lusa conquistou já três medalhas - duas de ouro e uma de bronze - e oito diplomas.

Recorde a entrevista concedida por Filipe Marques ao SAPO Desporto em 2021.

Filipe Marques, que tem um problema de mobilidade num dos pés, mostrou-se satisfeito com a classificação, que garantiu o oitavo diploma para Portugal, mas assumiu que passou a prova a “olhar para as medalhas”.

“O meu objetivo era fazer top-5, mas claro que estava a olhar para as medalhas, fiquei a 40 segundos, nunca fiquei assim tão perto. Tenho que ficar satisfeito com o quarto lugar, mas, obviamente, gostava muito de ter chegado ao terceiro”, assumiu no final da prova, disputada junto à Ponte Alexandre III, em Paris.

Apesar de ter sido o mais rápido nos 750 metros de natação, em que cronometrou 10.37 minutos, o triatleta português admitiu que esperava ganhar mais tempo nesta parte de prova.

“Tentei fazer aí as diferenças, porque esse é o meu segmento mais forte, mas não consegui ganhar o tempo que queria. Gostava de ter começado na bicicleta com maior vantagem, não foi possível. Para cá a corrente não ajudou nada”, explicou o atleta do Sporting.

Depois da prova de 20 quilómetros, na qual cronometrou 42.11 minutos e 'caiu' para o quinto lugar, Filipe Marques fechou a participação com os cinco quilómetros de atletismo: “A corrida é o meu segmento menos forte, comecei a correr em quinto, consegui chegar a quarto, tive sempre em vista o terceiro lugar, mas não consegui”.

Com um diploma paralímpico em Paris2024, Filipe Marques aponta já a Los Angeles2028, mas lembra que a época ainda não acabou, assumindo que ainda pode “fazer muitas coisas boas”.

“Daqui a três semanas, tenho o campeonato da Europa e, daqui a um mês e meio, termina o campeonato do mundo. Ainda posso fazer muitas coisas boas esta época, e só depois disso começo a pensar nos próximos objetivos, que, como é obvio, passam por Los Angeles2028”, afirmou.