A portuguesa Sara Duarte terminou hoje a presença nos Jogos Paralímpicos Londres2012 com um 15.º lugar na prova de paradressage estilo livre grau 1b (paralisia celebral), resultado atribuido a uma reação inesperada do cavalo Neapolitano Morella.
«Ao passar no primeiro canto (do recinto) levou com a coluna de som de frente e assustou-se com a música», explicou o treinador, João Pedro Cardiga.
A consequência, disse a amazona que nos Jogos Paralímpicos de Pequim2008 alcançou um quinto lugar na geral, foi que o animal «ficou com muito medo, ganhou energia e não o consegui controlar».
Tal como na prova de paradressage normal, que decorreu no sábado e que Sara Duarte terminou em nono entre quinze concorrentes, foram avaliados uma série de movimentos obrigatórios e, ao mesmo tempo, a mestria e elegância do cavaleiro e cavalo.
Em estilo livre, a música de acompanhamento e coreografia são escolhidas pelas equipas, mas, desta vez, os sons de guitarra portuguesa de António Chainho e de flauta de Rão Kyao tiveram um efeito imprevisto.
O grau 1b, que corresponde ao nível de incapacidade dos cavaleiros, corresponde a atletas com deficiências graves refletidas em dificuldades motoras causadas por problemas como paralisia cerebral ou esclerose múltipla.
A pontuação final de 55.350 pontos de Sara Duarte, que sofre de paralisia cerebral e tem 72 por cento de incapacidade física, refletiu a prestação desapontante na competição de hoje, ganha pelo austríaco Pepo Puch (79.195 pontos).
Visivelmente desiludidos, a atleta e o treinador portugueses afirmaram que irão refletir sobre a continuidade e preparação para os Jogos Paralímpicos Rio de Janeiro2016, pois este resultado pode por em causa a participação no Projeto Paralímpico.
De acordo com o atual Programa, os atletas com classificações abaixo do 10.º lugar não têm direito à bolsa mensal de preparação, que também beneficia os técnicos.
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