O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), com sede em Lausana, na Suíça, vai deslocalizar-se temporariamente para o Rio de Janeiro, onde estará e analisará casos de ‘doping’ durante os Jogos Olímpicos Rio2016.
Desde terça-feira que o TAS abriu dois gabinetes provisórios, uma medida inédita, e os mesmos estarão em funcionamento até 21 de agosto, dia de encerramento dos Jogos.
O TAS, instância suprema em matéria desportiva, deverá ocupar-se de eventuais casos de dopagem, mas também dos recursos de atletas russos excluídos dos Jogos, por decisão de diversas federações.
Entre os casos encontra-se o da nadadora russa Yulia Efimova, que já revelou a intenção de recorrer para o TAS, depois da decisão da Federação Internacional de Natação (FINA) de a excluir, no âmbito dos casos de doping que afeta a Rússia.
Além da questão dos recursos, pela primeira vez na história olímpica o TAS dispõe numa cidade, no Rio de Janeiro, de uma câmara encarregue de analisar em primeira instância os casos de doping que surjam.
Nos Jogos anteriores, os casos de dopagem eram tratados por uma comissão de disciplina do Comité Olímpico Internacional (COI), que decidia quais as sanções, desde a desqualificação à retirada de medalhas.
Em março, o COI decidiu confiar esta missão ao TAS, com o objetivo de dar aos casos um tratamento ainda mais independente.
Os atletas sancionados poderão ainda assim recorrer para uma segunda instância do tribunal.
Será um comissão ad hoc, criada para essa finalidade, e que existiu também nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, com o objetivo de resolver litígios nas questões de qualificação, disciplinares e de doping.
As decisões serão tomadas num prazo de 24 horas, “um prazo compatível com o programa das competições”, precisou o TAS.
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