O ouro de Carlos Lopes na maratona, ao lado dos bronzes de António Leitão, nos 5.000 metros, e de Rosa Mota, a ‘lançar’ o ouro quatro anos depois, fazem de Los Angeles1984 a melhor participação lusa em Jogos Olímpicos.
Nos Estados Unidos, o trio fez o que só em 2004 Portugal voltaria a fazer, conquistar três medalhas, nuns Jogos em que Carlos Lopes, que vinha de uma prata nos 10.000 metros de Montreal1976, conseguiu o primeiro ouro.
Lesionado em Moscovo1980, o maratonista luso tornou-se no primeiro herói olímpico nacional com um recorde dos Jogos, 2:09.21 horas, que só viria a ser batido em Pequim2008, pelo queniano Sammy Wanjiru.
Um dos melhores atletas nacionais deu seguimento a um trajeto medalhado que tinha começado em Paris1924, 12 anos depois da estreia em Jogos, com um bronze no Prémio das Nações de hipismo.
A espada por equipas deu novo bronze em Amesterdão1928, seguido de novo terceiro lugar no hipismo de Berlim1936, com o primeiro ‘bis’ a surgir em Londres1948, com Duarte Bello e Fernando Bello a chegarem à prata em Swallow (vela).
Em Montreal, Carlos Lopes vai à prata nos 10.000 metros e Armando Marques consegue também o segundo lugar no tiro, em fosso olímpico.
Depois de Los Angeles, novo ouro, em Seul1988, com Rosa Mota a confirmar os créditos na maratona, no único ‘metal’ luso dessa edição.
O terceiro ouro chegou em Atlanta1996, pela mão de Fernanda Ribeiro nos 10.000 metros, com os velejadores Vítor Hugo Rocha e Nuno Barreto a conquistarem o bronze em 470.
Portugal habituava-se a ‘bisar’, com dois bronzes em Sydney2000, por Fernanda Ribeiro e Nuno Delgado (judo), mas foi em Atenas2004, no regresso ao ‘berço’ dos Jogos, que chegou novo ‘hat trick’.
Sérgio Paulinho pasmava o mundo do ciclismo com a prata na prova de fundo de estrada, enquanto Francis Obikwelu se estabeleceu como um dos homens mais rápidos de sempre nos 100 metros, com uma prata arrancada ‘a ferros’, e a nação pôde ainda ‘sofrer’ com Rui Silva até ao bronze nos 1.500 metros.
O último dos ouros olímpicos chegou em Pequim2008, num triplo salto de Nelson Évora, a que se somou a prata no triatlo, por Vanessa Fernandes, no último pecúlio múltiplo até aos dias de hoje.
Os canoístas Emanuel Silva e Fernando Pimenta, que voltam para Tóquio2020, conseguiram a prata no K2 1.000 metros, com Telma Monteiro, outra atleta que regressa, como Nelson Évora, a assegurar o bronze no judo do Rio2016.
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