O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) confirmou hoje ter recebido um recurso interposto pelo Comité Olímpico Russo (ROC) contra a suspensão, “com efeitos imediatos até nova informação”, que lhe foi aplicada pelo Comité Olímpico Internacional (COI).
O COI suspendeu o Comité Olímpico Russo por este ter decidido integrar, de forma unilateral, em 05 de outubro, associações desportivas regionais de territórios ucranianos, que estão sob autoridade do Comité Olímpico Nacional (CON) da Ucrânia, nomeadamente de Zaporijia, Donetsk, Lugansk e Kherson.
Segundo o COI, esta decisão “constitui uma violação da Carta Olímpica [conjunto de regras e princípios pelos quais se rege o movimento olímpico], porque desrespeita a integridade territorial do Comité Olímpico Nacional (CON) da Ucrânia”.
Por este motivo, o COI decidiu que "o Comité Olímpico Russo é suspenso com efeitos imediatos até nova informação” e deixa, assim, de poder funcionar como um comité nacional e de receber fundos do movimento olímpico.
No recurso para o TAS, o Comité Olímpico Russo solicita a anulação da decisão e que seja reintegrado como comité nacional reconhecido pelo COI, beneficiando de todos os direitos e prerrogativas concedidos pela Carta Olímpica.
A Rússia e Bielorrússia foram excluídas de vários eventos desportivos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. No entanto, alguns atletas individualmente têm vindo a ser autorizados a competir, em certas condições, nomeadamente apresentarem-se sob bandeira neutra.
Os atletas russos e bielorrussos foram afastados das competições internacionais em março de 2022, após a invasão russa da Ucrânia com o apoio da Bielorrússia.
Um ano depois, o COI recomendou às federações que os atletas fossem readmitidos nas condições mencionadas, sempre como neutros, e a maioria dos desportos já incorporou competidores de ambas as nacionalidades.
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