A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), autoridade federal que gere o legado dos Jogos Olímpicos de 2016, informou hoje que os gastos com os recintos desportivos totalizou 7,2 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros).
Este montante foi investido pelo poder público federal, estadual, municipal e pela iniciativa privada, que pagou 58,6% dos custos, segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desporto do Brasil.
Um levantamento publicado pelo portal Globo Esporte constatou, porém, que os Jogos Olímpicos Rio2016 custaram cerca de 43,1 mil milhões de reais (11,7 mil milhões de euros) em investimentos.
Este total soma os gastos com os recintos, o investimento de cerca de 26,7 mil milhões de reais (7,2 mil milhões de euros) em obras de infraestrutura na cidade do Rio de Janeiro e 9,2 mil milhões de reais (2,5 mil milhões de euros) destinados ao Comité Rio2016.
Quando o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos, em outubro de 2009, a estimava oficial dava conta de que o evento consumiria cerca de 28,8 mil milhões de reais (7,8 mil milhões de euros).
Na apresentação do relatório final da matriz de responsabilidade, Paulo Márcio Dias Melo, presidente da Aglo, explicou que "não é fácil administrar um legado, Londres levou dois anos para entregar ao público esse legado e até hoje há investimento público".
"É um desafio e a gente vem a cada dia transformando todas as dificuldades em soluções e coisas que sejam bacanas para o legado", concluiu.
Pedro Sotomayor, diretor executivo da Aglo, afirmou que o Governo brasileiro vai manter o controlo e a organização dos centros olímpicos e centros nacionais de treino para atletas de alto rendimento.
Sotomayor destacou também que a Aglo vai existir até 30 de junho de 2019, para aplicar um plano de legado que contemple o desporto de alto rendimento, mas também o desporto escolar, projetos sociais e culturais.
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