Em cerimónia no salão nobre da reitoria da Universidade de Lisboa, com a organização dos Jogos Santa Casa e com a parceria do Comité Olímpico de Portugal (COP) e Comité Paralímpico de Portugal (CPP), 36 atletas do movimento olímpico e 11 que integram o universo paralímpico receberam este apoio financeiro, que já apoiou 215 desportistas.
Na edição deste ano, os bolseiros dividem-se por 15 modalidades: Diogo Branquinho (andebol), Ana Filipe, Evelise Veiga, Inês Mendes, Irina Rodrigues, João Coelho, Juliana Guerreiro, Mariana Machado, Miguel Monteiro (atletismo), Diogo Daniel (badminton), Diogo Oliveira (breaking), Beatriz Lamas, Gustavo Gonçalves, Inês Penetra, Kevin Santos, Marco Apura (canoagem), Beatriz Roxo (ciclismo), Pedro Félix (equestre), Filipa Martins, Catarina Nunes, Mariana Carvalho, Miguel Marianito (ginástica), Fábio Oliveira, João Macedo, João Sousa, Tomás Delfim (goalball), Catarina Costa, Joana Diogo, João Fernando, Patrícia Sampaio, Raquel Brito (judo), Camila Rebelo, Gabriel Lopes, João Fidalgo, Miguel Nascimento, Susana Veiga, Tamila Holub, Tiago Neves (natação), Dinis Costa (remo), Maria Inês Barros (tiro com armas de caça), João Pereira, João Silva, Maria Tomé, Melanie Santos, Ricardo Batista (triatlo), Beatriz Gago e Diogo Costa (vela).
O presidente do COP, José Manuel Constantino, lembrou que, nas duas participações mais recentes em Jogos Olímpicos – Rio2016 e Tóquio2020 -, cerca de 65% dos atletas tinham os seus estudos superiores “concluídos ou em vias de conclusão”, contrastando com o que se verificava há 20 anos, em que a taxa “era significativamente mais baixa”.
“Em duas décadas, foi possível responder ao propósito de conciliar carreira desportiva com carreira académica, em números muito significativos. Para tal, concorreram vários fatores, como alterações de caráter legislativo que foram acontecendo, uma perceção social de necessidade de encontrar soluções, mas também o contributo significativo de outras entidades, que ajudaram e estimularam a que isto fosse possível, como os Jogos Santa Casa, pioneiros em trazer estímulos de natureza financeira aos atletas”, afirmou.
Já o vice-presidente do CPP Sandro Araújo frisou o “momento ímpar para a promoção da relação entre o desporto e a educação”, através de um programa com um impacto “bastante concreto”, constituindo “uma solução de futuro para o desporto nacional ao mais alto nível” e conferindo um “valor adicional de estabilidade” aos atletas bolseiros.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, afirmou que “é um gosto imenso contribuir para a construção de carreiras duais e acompanhar os processos de crescimento e desenvolvimento” dos atletas que recebem estas bolsas.
“Deixo o compromisso de que continuaremos em frente. É uma árvore que dá bons frutos e temos de ser capazes de a nutrir. Faço votos de que Paris2024 seja, mais uma vez, uma jornada de sucesso e de afirmação desportiva”, realçou Edmundo Martinho.
A atleta olímpica Irina Rodrigues, do lançamento do disco, encontra-se no sexto ano do curso de medicina, enquanto prepara um quarto ciclo olímpico, com vista a Paris2024.
“Quando entrei em medicina, ainda era muito difícil dizer aos professores que estava a treinar e a estudar. Diziam-me que tinha de escolher uma das carreiras. Para ter acesso a esta bolsa, temos de manter o foco desportivo e académico, estarmos bem nos dois. Isto é difícil, mas esta bolsa motiva-nos, sobretudo do ponto de vista financeiro”, disse.
O atleta de badminton Diogo Daniel tem o desejo de estar nos Jogos Paralímpicos Paris2024, estando, de momento, a tirar a licenciatura em design gráfico e multimédia.
“A bolsa possibilita-me, de forma mais folgada, conciliar estas duas vertentes. Não é fácil, mas ajuda-me a conciliar os meus objetivos desportivos e académicos”, destacou.
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