O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, lembrou hoje que “não existem por enquanto provas” sobre suspeitas de corrupção na atribuição dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016) e de Tóquio (2020).
“Sabemos que nenhuma organização, nenhum governo, nenhuma instituição está imune à corrupção”, disse o responsável do COI, em conferência de imprensa no final da reunião do comité executivo da organização, em Lausana, na Suíça.
Thomas Bach indicou ainda que, “aos primeiros rumores” sobre a possibilidade de corrupção, a Agência Mundial Antidopagem (AMA) e a justiça francesa foram inteiradas da situação.
De acordo com a imprensa, a Justiça francesa está a investigar desde dezembro suspeitas de corrupção na atribuição dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e de Tóquio em 2020.
O inquérito estará a ser conduzido pela Procuradoria Nacional Financeira, que integra o Ministério Público francês e é encarregado da investigação de crimes económicos em França.
A investigação decorre de outra, iniciada em novembro, por suspeitas de corrupção, aberta ao antigo presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) Lamine Diack.
De acordo com a agência de notícias francesa France Presse, que cita o jornal britânico The Guardian, os investigadores suspeitam que Diack, também membro do Comité Olímpico Internacional (COI) de 1999 a 2013, tenha servido de intermediário juntamente com o seu filho, Papa Massata Diack, para favorecer cidades candidatas à organização dos Jogos Olímpicos.
Lamine Diack foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e conspiração.
O seu filho, antigo conselheiro de marketing da IAAF, irradiado pela Comissão de Ética da federação, é objeto de um mandado de prisão internacional da Interpol.
O antigo patrão da IAAF, que num primeiro momento apoiou Istambul para acolher os Jogos Olímpicos de 2020, terá mudado de opinião depois de a organização que tutela o atletismo mundial ter assinado um contrato vultuoso com um patrocinador japonês.
A atribuição dos Jogos Olímpicos ao Rio de Janeiro deste ano foi decidida em 2009 e a escolha de Tóquio foi anunciada em 2013.
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