O velejador português Jorge Lima diz à Lusa que “a ambição não tem barreiras” na equipa que faz com José Costa em 49er, esperando poder lutar pela ‘medal race’ dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
“O primeiro objetivo seria ficar nos 10 primeiros, dos 19 barcos, e conseguimos ir à ‘medal race’. Daí, tudo o que vier de melhor será excelente. Um diploma era um grande resultado, mas pelas condições do local, pelas características do nosso desporto, de fatores que não se controlam, as coisas estão sempre um pouco em aberto”, refere, em entrevista à Lusa.
“A nossa ambição não tem barreiras, tudo pode acontecer. Há favoritos, uns mais que outros, mas os 10 primeiros serão para nós um bom resultado”, acrescenta.
O experiente velejador revela que a dupla já esteve em 2019 em Enoshima, local da prova olímpica, uma zona onde “é expectável que se consigam condições bastante variáveis”, entre “vento fraco e mar liso a vento forte e mar agitado”, e até, numa das vezes, tendo encontrado “um tufão”.
Nesse sentido, vê como “forte” a equipa portuguesa na vela, a que se juntam os vice-campeões mundiais de 470, Diogo e Pedro Costa, e Carolina João, em Laser Radial.
“Eu e o José somos experientes, contamos com um bom resultado, os irmãos Costa dispensam apresentações. (...) Apesar de serem jovens e ser a estreia, numa competição diferente de todas as outras, é um campeonato de vela, com regatas iguais às outras. Acredito que um bom resultado possa ser alcançado por eles. A Carolina João é uma jovem velejadora que conseguiu recentemente a qualificação. Com umas condições na vela e no Japão podem considerar-se imprevisíveis, acho que uma boa prestação pode ser esperada da Carolina”, analisa.
Jorge Lima, de 40 anos, desvaloriza ainda a pandemia de covid-19, que reduzirá sempre os contactos e a interação, restringindo movimentos e a flexibilidade, até porque “está a ter um impacto em toda a gente”.
Depois de “muitas necessidades de adaptação e improviso”, conseguiram “uma boa preparação, com as provas possíveis”, e agora estão focados num bom resultado em Tóquio2020.
A começar está Carolina João, que tem três pilares básicos como objetivos. “Ganhar experiência, dar o meu melhor e conseguir o melhor resultado possível”, atira à Lusa.
A jovem não esconde a ambição de fazer o melhor na representação do país, mas lembra que a vela tem “muitas variantes e depende muito das condições”, além do facto de ser a estreia, aos 24 anos.
Portugal vai estar representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento por um ano, devido à pandemia de covid-19.
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