
Laurentino Dias desejou hoje sucesso a Fernando Gomes como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), mostrando-se tranquilo por ter feito uma campanha de “peito aberto” e esclarecedora.
“Quando nós somos candidatos numa eleição, esperamos ganhar. Não era o resultado que esperava. Avaliaremos as circunstâncias que aconteceram para este resultado”, começou por dizer aos jornalistas, na sede do organismo olímpico, em Lisboa.
Fernando Gomes foi hoje eleito presidente do COP para o quadriénio 2025-2029, somando 103 votos contra os 78 do adversário Laurentino Dias.
O antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) recebeu 57% dos votos expressos em urna, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral, Vasco Lynce, na sede do organismo olímpico, em Lisboa.
“[Quero] cumprimentar Fernando Gomes por ter ganho as eleições e desejar que ele tenha ao longo mandato nos próximos quatro anos sucesso. O COP precisa de sucesso, as federações precisam de ter um COP ao seu lado, os atletas, treinadores e árbitros precisam também de um COP ativo na defesa do seu esforço, capacidade de intervenção e das competições em que vão intervir”, declarou.
O antigo secretário de Estado do Desporto (2005-2011) assumiu sentir “a tranquilidade de quem fez campanha de peito aberto, muito simples mas muito bem organizada, esclarecedora, discutida, debatida, sem nenhum tipo de pressão, sem nenhum tipo de menos correção com os eleitores”.
“E, depois, obviamente, tudo se deixa ao critério e avaliação que os eleitores façam. Fizeram esta avaliação, com certeza, vão conviver com ela nos próximos quatro anos. Tenho boa experiência de atos eleitorais para conviver sempre muito bem quer com vitórias quer com derrotas”, assegurou.
Laurentino Dias escusou-se a dizer se as eleições do COP foram condicionadas pela força do futebol, defendendo que essa será uma avaliação para os comentadores fazerem.
“Estas eleições foram condicionadas pelas decisões dos eleitores, que são legítimas. Decidiram assim, só temos de respeitar e desejar boa sorte a quem tem obrigações para os próximos quatro anos", concluiu.
Num sufrágio que teve uma participação de 99%, houve duas federações não olímpicas que não votaram e uma olímpica que registou voto nulo, num total de 181 votos em 187 possíveis.
Nas eleições de hoje podiam votar 35 membros ordinários - 34 federações olímpicas, com quatro votos, e a Comissão de Atletas Olímpicos, com dois -, além de 49 membros extraordinários, entre os quais se contam as federações não olímpicas, que tinham um voto cada.
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