As obras no Rio de Janeiro estão a progredir e ficarão concluídas no prazo estabelecido para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, assegurou hoje o comité organizador local em resposta às críticas do Comité Olímpico Internacional (COI).
"Nós temos uma missão histórica: organizar os primeiros jogos olímpicos e paralímpicos no Brasil e na América do Sul em 2016. Vamos conseguir. Em 2016, o Rio será a sede de uns excelentes Jogos e respeitará absolutamente todos os calendários e orçamentos aprovados", sublinhou o comité de organização Rio2016 em comunicado.
O comité organizador reagia às fortes críticas do vice-presidente do COI, o australiano John Coates, para quem a preparação dos Jogos do Rio de Janeiro é "a pior" com que se deparou durante 40 anos de vida olímpica.
"É o pior que eu vi (...), penso que a situação é pior que em Atenas", declarou Coates durante um Fórum Olímpico realizado em Sydney, Austrália, apesar de garantir que "não há um plano B" e que os Jogos vão mesmo realizar-se no Rio de Janeiro.
O vice-presidente do COI recordou que em Atenas havia como interlocutores o governo e alguns responsáveis autárquicos, enquanto no Brasil há três, sendo que existe "pouca coordenação entre o Estado federal, o governo do Estado do Rio de Janeiro e a própria cidade".
Coates recordou ainda os "problemas sociais" e o facto de o Brasil estar a organizar simultaneamente o Campeonato do Mundo de futebol de 2014, que se realiza entre 12 de junho e 13 de julho.
A preparação dos Jogos de 2004 na capital grega ficou marcada por atrasos no calendário estabelecido para a construção das infraestruturas olímpicas e públicas.
"O trabalho que está a ser efetuado conjuntamente pelos três níveis de poder (Federal, Estadual e municipal) está em vias de progredir. O apoio do COI é também crucial", refere ainda o comunicado do comité organizador da prova.
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