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O velejador luso ficou às portas de uma medalha na competição de 2004.
O velejador português Gustavo Lima quer despedir-se da classe Laser nos Jogos Olímpicos com um resultado que honre Portugal, amigos, família, patrocinadores e todos que o ajudaram a chegar ao Rio2016, mas sem prometer medalhas.
“Vingar o quarto lugar de Atenas2004? Esperemos que sim. Se tenho isso na cabeça? Sem dúvida. Eu assumo que quero fazer um resultado que honre Portugal, os meus amigos, a minha família e os meus patrocinadores e todas as pessoas que me apoiam”, disse Gustavo Lima.
À margem da cerimónia do Hastear da Bandeira de Portugal na zona internacional da Aldeia Olímpica, o velejador do Clube Naval de Cascais deixou, no entanto, bem claro: “Não vou prometer que vou ganhar uma medalha. Nunca o fiz e nunca o farei. É uma possibilidade, pois a vela é um desporto aleatório, imprevisível e que permite, em qualquer idade, fazer um grande resultado”.
“Eu vim cá, como já disse, para melhorar o resultado de Londres2012 [22.ª, depois de um sexto, um quinto e um quarto], mas tenho as minhas ambições pessoais. Acho que o mais importante são os dois primeiros dias de regatas, que podem definir o resultado final”, frisou.
Antes dos resultados, de competir, Gustavo Lima já está satisfeito por estar no Rio: “É uma honra estar aqui a representar Portugal. Fiz muita questão de estar aqui. Foi uma qualificação bastante complexa, mas, com a minha determinação, disciplina e ambição, consegui estar presente pela quinta vez. São cinco anéis olímpicos, portanto é uma mística importante”.
O facto de os Jogos serem no ‘seu’ Rio de Janeiro também pesa: “O Rio é muito especial, em primeiro lugar por ter nascido cá, em segundo por falarmos a mesma língua e em terceiro por ser a quinta olimpíada”.
O velejador luso está satisfeito e parte confiante, com ambição: “Estamos confiantes, esperançados. Tenho um treinador que me dá essa confiança e me deu uma motivação extra para esta parte final da preparação e esse é o nosso foco”.
“Medalha? Para já a medalha de participação, que é fundamental. Mais importante do que pensar na medalha nesta fase é toda a preparação psicológica que houve até este momento, porque estar nos Jogos Olímpicos é sempre um momento especial e eu quero aproveitar ao máximo”.
Será a despedida olímpica, pelo menos na classe Laser: “Em princípio, porque já tenho 39 anos e não estou no meu topo de forma. Na classe Laser, será a minha última participação olímpica. Mas, deixemos o futuro para depois, pois o foco é a participação”.
Quanto ao passado, ficam as dificuldades na preparação, que quer deixar para trás: “Passado é passado. Sabemos que a vela não vive num oásis e tivemos as nossas dificuldades. Felizmente, tive patrocinadores nesta fase final, que me apoiaram e acreditaram no meu projeto e nos últimos oito/nove meses consegui preparar-me”.
“Lutei muito e lutei muito sozinho, mas consegui chegar onde queria, portanto estou muito feliz e muito orgulhoso de estar aqui”, finalizou Gustavo Lima, que se estreia dentro de quatro dias, a 08 de agosto.
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