O Comité Olímpico de Portugal (COP) está “muito preocupado” com os atrasos e valores insuficientes do financiamento à preparação para os Jogos Olímpicos Paris2024 decorrentes das eleições antecipadas e do consequente adiar do orçamento de Estado.

“Ainda não conseguimos introduzir no processo de preparação desportiva olímpica o conjunto de alterações que decorrem da avaliação que fizemos ao ciclo anterior. Estamos a trabalhar no mesmo modelo, com financiamento que está abaixo do exigível, mas isso são contingências do processo”, lamentou o presidente do COP, José Manuel Constantino.

Em declarações à Lusa, o dirigente esclareceu que no atual ciclo olímpico se está a “trabalhar com dotação financeira que vem do exercício transato, que tinha em vista o ano após os Jogos”, recordando que “o problema é que esse ano já passou”.

“Não podemos impedir que o país tenha decidido ir para eleições e tenha paralisado este todo este processo, mas é evidente que a preparação desportiva tem outro calendário, não para. Os quadros competitivos não foram encerrados”, alertou.

José Manuel Constantino, que está em Paris com uma delegação do COP para encontrar a melhor solução para a Casa de Portugal durante os Jogos de 2024, entende que “estes atrasos do processo não ajudam”, pelo que espera pela clarificação do orçamento de Estado em sede de especialidade.

“Todos estes atrasos de processo não ajudam, mas são as contingências. Temos de fazer o que está ao nosso alcance para rapidamente recuperarmos as coisas e dar sentido, orientação e perceber o trajeto para Paris2024 que será determinado pelos meios que o governo entender disponibilizar ao dispor do COP, das federações, dos atletas e treinadores para as suas prestações desportivas”, sentenciou.

O dirigente revelou ainda que o projeto esperanças olímpicas, que visa alcançar Jogos posteriores aos próximos, está parado desde o início do ano por falta de financiamento.

Apesar do Orçamento de Estado ainda não estar fechado, Constantino admitiu que esperava, nesta fase, já ter uma orientação por parte da tutela, revelando que até ao momento não recebeu qualquer comunicação.

“É absolutamente essencial que todos estejamos alinhados no mesmo sentido”, resumiu, formulando o desejo de que Portugal possa, pelo menos, igualar o desempenho de Tóquio2020, o melhor do seu historial.

O 56.º lugar final na classificação dos países contou com o ouro de Pedro Pichardo no triplo salto, disciplina em que Patrícia Mamona foi prata. Houve ainda o bronze do canoísta Fernando Pimenta em K1 1.000 metros e do judoca Jorge Fonseca em -100 kg.

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