A comitiva de 92 atletas lusos aos Jogos Olímpicos Rio2016 engloba competidores nascidos em 17 países, alguns oriundos da diáspora, outros a assumir a nacionalidade da nação que abraçou as suas famílias.
Ao todo são 18 (cerca de um quinto) os nascidos em países tão distintos como o Brasil e Estados Unidos, nas Américas, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Congo e Costa do Marfim, em África, na asiática China ou nos europeus Rússia, Bulgária, França, Alemanha, Moldávia, Ucrânia, Inglaterra ou Suíça.
Recorde-se que o campeão olímpico Nélson Évora – só Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Carlos Lopes têm também o ouro olímpico – nasceu na Costa do Marfim.
As mesa-tenistas Fu Yu e Shao Jiene, nascidas na China, o judoca Sergiu Oleinic, oriundo da Moldávia, as nadadoras Tamila Holub e Victoria Kaminskaya, respetivamente da Ucrânia e Rússia, a velocista Lorene Bazolo, que chegou do Congo, e o lançador de peso Tsanko Arnaudov, de origem búlgara, são os nomes menos ‘portugueses’ da comitiva para o Rio2018.
Diferentes motivos trouxeram estes atletas a representar Portugal, como por exemplo Lorene Bazolo que fugiu do Congo, que representou em Londres2012, para encontrar amparo no nosso país, cujo recorde dos 100 metros, que era de Lucrécia Jardim desde 1997, já bateu.
Tsanko Arnaudov está em Portugal desde os 12 anos, Fu Yu chegou ao país em 2001 e naturalizou-se em 2013, enquanto Shao Jieni chegou a Gondomar há seis anos (tinha 16) e Tamila Holub veio para Portugal com a família com três anos.
A cavaleira Luciana Diniz, por exemplo, tem nome mais português, mas nasceu no Brasil, país que representou em Atenas2004, sendo que já vestiu as cores lusitanas em Londres2012.
O grosso do grupo no Rio2016 está distribuído por todo o país, destacando-se, ainda assim, Lisboa com 11 atletas, Porto e Guimarães com quatro, Coimbra, Cascais e Portimão com três.
A Madeira conta com três representantes e os Açores um.
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