Carolina Borges viu esta manhã ser-lhe retirada a acreditação para os Jogos Olímpicos de Londres e o Chefe da Missão Olímpica Portuguesa, Mário Santos, explicou o que levou o COP a tomar tal decisão, revelando que a única apresentação foram, vagamente, «motivos pessoais e médicos».

«Hoje de manhã recebi um email por parte da atleta informando que por motivos pessoais e médicos não iria participar no campeonato. Tentei contactar com ela pessoalmente e via telefone, mas tal não foi possível. Como tal, perante esta atitude e apesar de todas as razões, entendemos que este não é o procedimento correto. Temos uma equipa, uma equipa médica, uma chefia de missão e qualquer decisão dos atletas terá de ser do nosso conhecimento.

Decisões individuais desse tipo não aceitamos», explicou Mário Santos, que adiantou ainda que desconhece o que possam ser as razões pessoais e médicas evocadas pela atleta.

«Estes procedimentos têm de seguir normas. Os atletas têm de comunicar a sua incapacidade à comissão médica, que decide se há ou não incapacidade. Não sou eu que vou declarar essa incapacidade e não é com certeza o atleta», esclareceu Mário Santos, que reiterou uma vez mais que o que levou ao afastamento de Carolna Borges foi o modo como procedeu e não os motivos que alegou para não competir.

«A atleta telegraficamente informou-nos de que se tratavam de razões pessoais e médicas. Essas poderão ser uma justificação, desde que devidamente justificadas. Tentei por todos os meios chegar à fala com a atleta mas não foi possível, e ela acabou por confirmar que não se iria apresentar em competição. Por isso decidimos cancelar a sua acreditação e iremos agora averiguar quais são essas razões», terminou o chefe da comitiva lusa nos Jogos Olímpicos de Londres.