Fechada que está a primeira semana de Jogos Olímpicos, Mário Santos, Chefe da Missão Olímpica portuguesa, abordou em conferência de imprensa os resultados registados até ao momento e assumiu que se por um lado esperava mais de algumas disciplinas, outras houve em que foram excedidas as expetativas.

«Entendo que tivemos resultados positivos e outros que não foram ao encontro das nossas expetativas. No entanto, entendo que muitos dos resultados que foram obtidos e que foram resultados de mérito, justificam um reconhecimento por parte dos portugueses», frisou o chefe da missão portuguesa, que acrescentou que desvalorizar algumas das marcas atingidas revela falta de cultura desportiva.

«A partir do momento em que só valorizamos as medalhas e em função disso definimos se é uma boa ou má classificação, estamos perante algo que não posso aceitar. Não valorizar alguns destes resultados é clara falta de cultura desportiva», frisou Mário Santos.

O responsável pela comitiva portuguesa em Londres disse que não há conformismo entre os atletas e deixou vincada a esperança de Portugal ainda obter medalhas nestes Jogos.

«A medalha ainda é possível, sem qualquer tipo de dúvida. Temos atletas muito perto desse resultado. Temos de acreditar nisso, eles têm de acreditar nisso, pois nos Jogos Olímpicos a capacidade desportiva é importante, mas também a capacidade de superação.»

Em jeito de balanço, Mário Santos diz que antes de traçar metas é importante «ter os pés bem assentes na terra»:

«O balanço que faço é aceitável e a maior parte dos atletas estiveram dentro das expetativas. Mas o que é importante é que tenhamos os pés bem assentes na terra relativamente a algumas modalidades. É preciso ter noção da realidade e não pensar que vimos aos Jogos Olímpicos e nos sai o Euromilhões. Não há milagres», sublinhou o chefe da comitiva lusa, que disse ainda que quanto aos apoios aos atletas «há muito tempo que as regras estão estabelecidas em contrato e nenhum atleta ficou surpreendido» com as notícias vindas a publico e que antecipam o fim do ciclo olímpico e dos respetivos subsídios.