Adysângela Moniz tornou-se na primeira mulher cabo-verdiana a garantir, por méritos próprios, a qualificação para os Jogos Olímpicos. A judoca, natural de Santiago, esteve em Londres como a 83ª melhor do mundo na sua categoria mas perdeu logo na estreia, frente a cubana Idalys Ortis, que viria a vencer o ouro nos +78 kgs.
Apesar do mérito, a judoca cabo-verdiana de 26 anos não sabe se estará nas próximas olimpíadas, no Brasil. Em entrevista ao jornal português A Bola, Adysângela colocou interrogações na hipótese de marcar presença nos próximos Jogos Olímpicos.
Desde a falta de espaços para treinar, até as dificuldades financeiras do país na área do desporto, a atleta só tem encontrado barreiras em Cabo Verde para prosseguir a sua carreira. Não esteve presente nos últimos campeonatos do Mundo por falta de treinador.
Apesar de ter perdido logo na estreia, Adysângela faz um balanço positivo da sua estreia e mostra-se maravilhada com o ambiente à volta dos jogos: «Faço um balanço positivo, sobretudo porque é a primeira vez que participo nos Jogos Olímpicos. Tive uma adversária muito forte e perdi. Olhe, estou feliz por ter estado aqui e por participar. É a melhor sensação do mundo. É inexplicável», disse ao jornal A Bola.
Adysângela Moniz fez parte dos três atletas que representaram Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Londres, além de Lidiana Lopes nos 100 metros e Ruben Sança nos 5000 metros.
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