O Santa Clara avançou hoje que as buscas realizadas por suspeitas de alegada utilização ilegítima de dinheiro estão relacionadas com atos de gestão de administrações anteriores e que pretende colaborar com o Ministério Público (MP).
“A Santa Clara Açores – Futebol SAD confirma que decorrem nesta altura diligências por parte do Ministério Público nas instalações da sociedade anónima. Esta recolha de documentação está relacionada com atos de gestão de administrações anteriores”, avança o clube açoriano num comunicado.
O MP revelou hoje que fez buscas nos Açores e em vários pontos do território continental por suspeitas de alegada utilização ilegítima de dinheiro do Santa Clara através de transferências para as contas de administradores.
“Esta SAD colaborou – e assim continuará sempre a fazer – com a investigação das autoridades, aguardando pelo normal curso da justiça”, afirma ainda o Santa Clara.
Segundo a nota publicada na página do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as buscas foram efetuadas a residências em Ponta Delgada, Vila Nova de Famalicão, Moimenta da Beira, Espinho, Lisboa e ainda na Madeira. Foram também alvo de buscas escritórios de advogados situados em Lisboa e nos Açores e três empresas açorianas.
“Em causa estão factos suscetíveis de constituir a prática de crimes de branqueamento de capitais, participação económica em negócio, peculato e abuso de confiança”, salientou o MP, acrescentando que a investigação do DCIAP conta com o apoio do Departamento de Investigação Criminal dos Açores da Polícia Judiciária (PJ).
O atual presidente da SAD do Santa Clara, o empresário Bruno Bello Vicintin, adquiriu 55,8% do capital social do emblema insular em 14 de julho de 2022, substituindo Ismail Uzun, que liderava a SAD desde agosto de 2021.
Antes de agosto de 2021, a SAD açoriana era liderada por Rui Cordeiro, que também era presidente do clube.
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