Maniche não gostou de ser um dos visados de Pinto da Costa no seu livro, 'Azul até ao fim' que irá para as bancas no próximo domingo. Na obra, o ex-presidente do FC Porto diz quem quer ver no seu funeral, mas também detalha os nomes de pessoas que gostaria que não marcassem presença, entre eles Maniche.
O antigo jogador dos azuis e brancos, que apoiou o atual presidente André Villas-Boas, reagiu na tarde desta terça-feira, na CNN Portugal.
"Sou parte mencionada no livro, como sendo um traidor. 90% dos portistas são traidores por termos apostado e votado numa candidatura mais credível, mais transparente, sem vícios. Por isso, somos postos de parte com essas declarações. Mas aproveito para aconselhar toda a gente a ler o poema 'Fim', do nosso grande poeta Mário de Sá Carneiro. Termina dizendo: 'A um morto nada se recusa"', começou por dizer.
O antigo médio internacional português aproveitou também para enumerar o que considera serem algumas incongruências no livro de Pinto da Costa.
"Mas [vamos a] três pontos essenciais: os piores negócios, segundo Pinto da Costa, foram Zé Luís e Nakajima, com a pressão do treinador Sérgio Conceição. Um treinador que, em sete anos, atingiu 530 milhões de euros em vendas e 347 milhões em receitas da UEFA. Primeira incongruência. Segundo: depois do jogo com o Inter, disse 'basta'. 'Basta' perante tanta desilusão, dizendo que não renovava com Sérgio Conceição. Verificámos que não fez nada disso, porque dois dias antes do ato eleitoral renovou com o mesmo. Terceira e última, porque não vou roubar espaço ao painel: a 17 de maio de 2023, disse que não se apresentava a votos. Mais uma verdade que acabou por não acontecer. Candidatou-se e foi derrotado", recordou Maniche, antes de terminar com uma frase
"A grandeza das pessoas não se vê quando se ganha. Vê-se nas derrotas. Fico por aqui", terminou o antigo jogador que agora desempenha as funções de comentador televisivo.
O antigo jogador do FC Porto espera poder ler o livro quando for lançado.
"Estou à espera que me ofereçam no meu aniversário, dia 11 de novembro, ou então no Natal. Acima de tudo com uma dedicatória, agradecendo o facto de ter participado com títulos nacionais, Taça de Portugal, Supertaça, UEFA, Champions, Intercontinental... Gostaria de ficar com a recordação. Mas espero que o ex-presidente dure muitos mais anos, para nos divertir com estas situações fantásticas", atirou.
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