Florentino Luís recordou, numa conversa no 'Em Casa Podcast', os momentos difíceis por que passou quando esteve emprestado ao AS Monaco, confessando mesmo ter sofrido de uma depressão.
"Passei por uma crise, posso mesmo dizer que passei por uma depressão. Lembro-me que estava com uma psicóloga. Ela ajudava-me e eu pensava 'Esta psicóloga está a ser uma benção para a minha vida'. Ouvi Espírito Santo a dizer-me 'Eu mesmo vou curar-te'. Naquele momento disse 'Deus, a psicóloga está a ajudar-me a voltar aos caminhos certos'. Obedeci à voz de Deus e parei com a psicóloga. Gerei uma grande robustez, tornei-me numa pessoa ainda mais forte", conta o médio de 23 anos.
Depois, Florentino deixou uma mensagem a outros futebolistas que possam passar por situações semelhantes. "Muitas pessoas no mundo do futebol devem passar por estas situações. Parece fácil estar nesta posição, mas quantos jogadores não conseguem chegar ao futebol profissional? Quem está nessa luta para conquistar o sonho que não desista. Permaneçam, o fim será glorioso. Quando há sacrifício a recompensa virá", frisou de seguida, antes de admitir que chegou a perder até a vontade de treinar.
"Houve um treino apenas com jogadores que não estavam convocados. Eu era um desses. Disse à minha mulher: 'Hoje vai ser o meu último treino, nunca mais vou treinar na minha vida'. Tivemos dois dias de folga e no dia do treino seguinte disse a mim mesmo que tinha de ir treinar. Acontecia muitas vezes dizer a mim próprio que já não me apetecia treinar", lembrou.
Depois do empréstimo ao AS Monaco, em 2020/21, numa experiência em que disputou apenas 10 jogos - isto depois de antes ter chegado a ser peça preponderante no Benfica de Bruno Lage, na conquista do título de - Florentino passou por novo empréstsimo, ao Getafe, em 2021/22. Só em 2022/23, na época passada, voltou à Luz e para voltar a ter papel importante, agora às ordens de Roger Schmidt.
"Queríamos muito voltar, claro. Primeiro porque fui muito feliz no Benfica, a casa onde cresci. Bateu a saudade de jogar na Luz e ver o estádio cheio. Mas também havia um motivo pessoal. O pai da Bruna [sua esposa] estava doente. Infelizmente hoje já não está connosco. Queríamos dar-lhe apoio. Se a minha mulher não estivesse feliz, eu também não. O útil juntou-se ao agradável. Não decidimos onde queremos ficar, mas preferia manter-me no Benfica", contou assumindo ter acabado por viver a melhor da época da carreira.
"Não tinha a expectativa de jogar a titular, só queria ficar aqui. Mas foi a melhor época da minha carreira, fomos campeões e ainda fomos longe na Champions. Deus surpreendeu-me", terminou.
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