O governador do estado de Nova Iorque admitiu hoje a possibilidade do regresso de eventos desportivos, mas sempre à porta fechada, para evitar a propagação do coronavírus responsável pela pandemia de COVID-19.
“Queremos permitir que o desporto regresse, para que as pessoas tenham uma atividade para ver na televisão", explicou Andrew Cuomo, no decorrer da conferência de imprensa diária sobre a atual crise.
"Que modalidades podem funcionar sem público? Quais podem ser viáveis economicamente sem se ter de vender bilhetes para os estádios ou pavilhões?", interrogou.
Todas as ligas e campeonatos, quer sejam profissionais ou amadores, estão atualmente parados nos Estados Unidos desde meados de março, com raríssimas exceções.
Nenhum dos grandes campeonatos anunciou data de regresso.
"Sejam criativos, tentem encontrar soluções. Se uma liga pode ser rentável sem receita de bilheteira, só com direitos de difusão, o quadro é diferente", defendeu.
Segundo Andrew Zimbalist, professor de Economia do Desporto no Smith College, cada uma das grandes ligas norte-americanas depende pelo menos em 40% das vendas de bilhetes.
Nas outras ligas e campeonatos, os valores são um pouco diferentes, com o peso das receitas de bilheteira a ser mais elevado face ao total.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia de covid-19, registando já mais de 940 mil casos e 54 mil mortes. A nível global, o surto já chegou aos 2,9 milhões de casos, com 200 mil mortes.
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