O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) considerou hoje que o pedido da Liga de clubes de futebol para integração do desporto no plano de revitalização económica europeu "faz sentido”, reclamando apoios transversais a toda atividade desportiva.
“O tecido associativo tem uma natureza distinta do tecido profissional e ambos devem ser contemplados” afirmou José Manuel Constantino, em declarações à agência Lusa, acrescentando: "Os apoios só fazem sentido se contemplarem todo o desporto e não sacrificando algumas áreas".
O dirigente do COP voltou a lamentar que não sejam conhecidos os critérios para a integração, nem os apoios a distribuir pelo plano de revitalização económica europeu.
José Manuel Constantino, que hoje participará em uma reunião do Conselho Nacional do Desporto, considerou que a análise da situação desportiva decorrente da pandemia de covid-19 e a agenda portuguesa da presidência portuguesa de União Europeia são dois dos principais pontos da agenda.
Hoje, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) pediu a integração do desporto no plano de revitalização económica europeu, depois de um inquérito ter revelado perdas que podem ultrapassar os 300 milhões de euros, devido à pandemia de covid-19.
Admitindo perdas entre os 276 ME e os 362 ME na área do futebol profissional, o presidente da LPFP, Pedro Proença, considerou que “o desporto não pode ficar fora do plano de revitalização económica, que vai abranger vários países europeus”.
Segundo o líder da liga, "no caso concreto do futebol, este défice poderá comprometer a formação, que é o mesmo que dizer que o futuro do futebol profissional português pode estar em causa".
O COP, o Comité Paralímpico de Portugal e a Confederação do Desporto de Portugal já pediram, por diversas vezes, “vontade política” para resolver os problemas do desporto, decorrentes da pandemia de covid-19.
Numa moção que agrega sete propostas, os três organismos pedem a inclusão da atividade desportiva no plano de revitalização económica e social elaborado pelo Governo, assim como a criação de um fundo especial de apoio ao desporto, com uma recapitalização das federações desportivas de forma a poderem ajudar o movimento associativo de base.
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